Pe. João A. Mac Dowell S.J.
Se o cristianismo é a religião verdadeira, por que depois de 2.000 anos a grande maioria da humanidade ainda não é cristã?
É verdade que atualmente só uns 18% dos habitantes do mundo são católicos e todas as igrejas cristãs juntas mal chegam a 30% da população mundial. Mesmo assim o cristianismo é a religião mais difundida. Mas isto não basta, porque Jesus mandou anunciar o seu Evangelho a todos os povos. Ele sabia que nem todos aceitariam a sua mensagem, porque o coração humano pode abrir-se ou fechar-se à luz da verdade e à palavra de amor de Jesus.
Mas na carta em que anuncia o jubileu do ano 2.000, o Papa reconhece que os próprios cristãos são também responsáveis pelo desconhecimento e pela rejeição do Evangelho por parte de tanta gente. Através dos séculos os membros da Igreja, e mesmo os seus chefes, se afastaram muitas vezes do Espírito de Cristo e do seu Evangelho. Entre os pecados que mais impedem as pessoas de acreditar na verdade de Cristo, João Paulo II lembra a desunião entre os cristãos, divididos em tantas igrejas, a intolerância e os métodos violentos usados para impor a própria religião, como aconteceu, por exemplo, no tempo das Cruzadas e da Inquisição e na evangelização dos indígenas da América Latina e outros continentes.
Mas não se trata só de coisas do passado. Ainda hoje a incoerência de nossa vida afasta muita gente da fé e da Igreja. Por não manifestar o verdadeiro rosto de Deus, a alegria de ser seus filhos, a convicção de que Jesus é o salvador do mundo, somos, segundo o Papa, responsáveis em parte pela indiferença religiosa e pela degradação dos costumes que caracterizam a nossa época. E como não reconhecer a culpa de nós cristãos nas graves injustiças e na marginalização social reinantes num país como o Brasil onde a maioria da população é católica?
Por isso, no limiar do terceiro milênio da era cristã, o Santo Padre chama a atenção dos bispos, padres, religiosos e religiosas e do povo cristão em geral, para a nossa responsabilidade no testemunho da fé e do Espírito de Cristo. Para comemorar dignamente os 2.000 anos do nascimento de Jesus, ele recomenda duas coisas. Primeiro, uma conversão sincera, uma mudança das nossas atitudes, que impedem os outros de acreditar na mensagem do Evangelho. Segundo, um novo compromisso com a nossa missão de evangelizar, anunciando o Senhor Jesus, com fé, coragem e entusiasmo, não só com palavras, mas também com obras de justiça e amor. Esta nova evangelização, sem imposições, sem condenação das pessoas, procura o diálogo, valorizando, como Jesus, as sementes de verdade e bem que o Espírito Santo já plantou nos seus corações. Assim podemos esperar que no terceiro milênio da era cristã Cristo será conhecido e amado em todo o mundo, para a glória de Deus e o bem da família humana.
Do Livro:
RELIGIÃO TAMBÉM SE APRENDE - VOLUMES 1 E 2
EDITORA SANTUÁRIO
João A. Mac Dowell S.J.
http://www.redemptor.com.br
Se o cristianismo é a religião verdadeira, por que depois de 2.000 anos a grande maioria da humanidade ainda não é cristã?
É verdade que atualmente só uns 18% dos habitantes do mundo são católicos e todas as igrejas cristãs juntas mal chegam a 30% da população mundial. Mesmo assim o cristianismo é a religião mais difundida. Mas isto não basta, porque Jesus mandou anunciar o seu Evangelho a todos os povos. Ele sabia que nem todos aceitariam a sua mensagem, porque o coração humano pode abrir-se ou fechar-se à luz da verdade e à palavra de amor de Jesus.
Mas na carta em que anuncia o jubileu do ano 2.000, o Papa reconhece que os próprios cristãos são também responsáveis pelo desconhecimento e pela rejeição do Evangelho por parte de tanta gente. Através dos séculos os membros da Igreja, e mesmo os seus chefes, se afastaram muitas vezes do Espírito de Cristo e do seu Evangelho. Entre os pecados que mais impedem as pessoas de acreditar na verdade de Cristo, João Paulo II lembra a desunião entre os cristãos, divididos em tantas igrejas, a intolerância e os métodos violentos usados para impor a própria religião, como aconteceu, por exemplo, no tempo das Cruzadas e da Inquisição e na evangelização dos indígenas da América Latina e outros continentes.
Mas não se trata só de coisas do passado. Ainda hoje a incoerência de nossa vida afasta muita gente da fé e da Igreja. Por não manifestar o verdadeiro rosto de Deus, a alegria de ser seus filhos, a convicção de que Jesus é o salvador do mundo, somos, segundo o Papa, responsáveis em parte pela indiferença religiosa e pela degradação dos costumes que caracterizam a nossa época. E como não reconhecer a culpa de nós cristãos nas graves injustiças e na marginalização social reinantes num país como o Brasil onde a maioria da população é católica?
Por isso, no limiar do terceiro milênio da era cristã, o Santo Padre chama a atenção dos bispos, padres, religiosos e religiosas e do povo cristão em geral, para a nossa responsabilidade no testemunho da fé e do Espírito de Cristo. Para comemorar dignamente os 2.000 anos do nascimento de Jesus, ele recomenda duas coisas. Primeiro, uma conversão sincera, uma mudança das nossas atitudes, que impedem os outros de acreditar na mensagem do Evangelho. Segundo, um novo compromisso com a nossa missão de evangelizar, anunciando o Senhor Jesus, com fé, coragem e entusiasmo, não só com palavras, mas também com obras de justiça e amor. Esta nova evangelização, sem imposições, sem condenação das pessoas, procura o diálogo, valorizando, como Jesus, as sementes de verdade e bem que o Espírito Santo já plantou nos seus corações. Assim podemos esperar que no terceiro milênio da era cristã Cristo será conhecido e amado em todo o mundo, para a glória de Deus e o bem da família humana.
Do Livro:
RELIGIÃO TAMBÉM SE APRENDE - VOLUMES 1 E 2
EDITORA SANTUÁRIO
João A. Mac Dowell S.J.
http://www.redemptor.com.br
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