PADRE HÉLIO DE PESSATO LIBÁRDI CSsR
Tenho obrigação de evangelizar?
Quantas pessoas preparadas encontramos na vida que recusam a graça de serem evangelizadoras com a desculpa de não terem tempo disponível para essa missão. A resposta para essas pessoas vem exatamente da parte daqueles que habitualmente são as mais ocupados e ainda acham tempo para se dedicarem à comunidade na catequese e nos diversos ministérios que desenvolvem em favor da própria comunidade.Bem diz o ditado: “Quando precisar de alguém, não procure as pessoas desocupadas; são as mais inúteis”. Quanto mais tempo têm, menos encontram o que fazer. Nem sequer podemos acreditar na bondade dessas pessoas, porque a bondade é sempre o reflexo da presença de Deus e elas não o possuem. Se tivessem a experiência de Deus e tivessem a bondade que aparentam ter, elas se atirariam no trabalho para mostrar esse Deus e a alegria que dele nasce.Foi essa experiência que levou os apóstolos e as primeiras comunidades a se dedicarem à evangelização mesmo a custo da própria vida. Encontrei em meus trabalhos missionários uma senhora que completou 60 anos como catequista. Como ficamos nós diante dessa senhora e diante de Deus? Que desculpa seria válida para o pouco que fizemos pela evangelização?É difícil acreditar na fé das pessoas que não fazem nada pela comunidade, uma fé inoperante e sem significado.Quantas vezes nos desanimamos dessa tarefa, porque semeamos em terras áridas, parte das sementes sempre caíra à beira da estrada, entre espinhos ou pedras. Temos, porém, de acreditar que algumas dessas sementes, o mínimo que seja, caíram ou cairão em terra boa e vão produzir frutos. Isso compensará todos os esforços feitos e todas as outras sementes que se perderam.Não cabe o desânimo entre aqueles que pregam o Evangelho. Nem podemos conceber apóstolos cansados circulando no meio do povo. A fé experimentada na vida, onde se vive a mística do Evangelho, traz entusiasmo e dinamismo.Enquanto admiramos pessoas idosas que falam com alegria de seus trabalhos apostólicos, quantos encontramos desanimados, desestimulados e quantos que são omissos e nunca evangelizaram.Para uns a palavra de consolo: “Vinde, benditos”. Para outros as expressões dirigidas para as Sete Igrejas no Apocalipse: “Tenho contra ti que deixaste o teu primeiro amor”.
Pe. Hélio Libardi, C.Ss.R.
Pe. Hélio Libardi, C.Ss.R.
EDITORA SANTUÁRIO
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