
Por que condenar o aborto?
Fiquei surpreso com a afirmação de um menino de apenas dez anos de idade: “A Igreja não devia condenar o aborto”. Parei um minuto estonteado pela certeza da afirmação que veio de onde não poderia vir e em seguida respondi antes de dar outras explicações: “De fato não devia condenar o aborto, assim você não teria nascido e já teria vazado pelo esgoto”.
A falta de coragem dos pais de darem explicações corretas sobre a sexualidade e problemas afins, o velho e tradicional medo ou a santa ignorância produzem outras ignorâncias.
Face à erotização da vida de hoje, os adolescentes e jovens vão produzindo fenômenos com conseqüências desastrosas que só trazem desilusão e sofrimentos.
Os poucos que se arriscam a falar, usam conceitos e chavões veiculados na televisão, onde se fala de tudo sem medir o alcance e prever o resultado. Nem pensar numa ética cristã. Não podemos assustar-nos que meninos nessa idade tenham na cabeça frases feitas fabricadas por conversas caseiras e nem podemos criticar que a primeira reação de adolescentes e jovens grávidas seja praticar o aborto.
“Não matar” continua verdade e mais verdade” não matar uma criança não culpada e indefesa”. Nunca vai ser lícito, para se safar de uma situação pouco cômoda, que um inocente seja agredido e morto sem direito de defesa. A moral ensina que não se pode realizar uma ação intrinsecamente má e imoral para se conseguir algum bem.
Não se trata aqui de condenar as pessoas, mas o ato no qual alguém paga pela imaturidade, incoerência, libertinagem de outro alguém que se diz adulto.
Respeitadas todas as situações que realmente vão impedir um discernimento livre e uma atitude voluntária, onde ter filho, apesar de custar sacrifícios, seria perfeitamente viável, não condenamos quem está ou é colocado em situações sem saída, mas lembramos que erram todos os que obrigam, os que sugerem, os que pagam, os que levam e os que realizam um aborto.
A Igreja é mãe e não desampara, nem condena quem chegou a esse desespero; Deus perdoa e resgata a pessoa e sua dignidade colocando-a em condições de reconstruir sua vida.
Jamais a Igreja vai aceitar a irresponsabilidade e leviandade daqueles que estimulam nossa juventude e adultos a terem uma vida libertina na qual não precisam assumir as consequências do que fazem.
A natureza violentada se encarrega de cobrar até o último centavo dessas pessoas. Mais para a frente a vida lhes apresentará o resultado da má semente que plantaram.
Do Livro :
RELIGIÃO TAMBÉM SE APRENDE - VOLUME 11
EDITORA SANTUÁRIO
Pe. Hélio Libardi, C.Ss.R.
EDITORA SANTUÁRIO
Pe. Hélio Libardi, C.Ss.R.
http://www.redemptor.com.br
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