Pe. Luiz Carlos de Oliveira
Redentorista
Presença de Maria na Igreja
Que bom saber que Maria, Nossa Senhora, está sempre presente na Igreja. É uma característica dos verdadeiros cristãos terem por ela uma especial devoção. Essa devoção chama-se hiperdulia, isto é, grande veneração. Aos santos prestamos culto de veneração (dulia). Por Deus temos o culto de adoração (latria). Adoração significa ter Deus como fonte e fim de nossas vidas. Rezando diante de Deus, nós reconhecemos sua divindade e a Ele nos unimos. Quando rezamos aos santos, nós nos unimos a sua oração de adoração a Deus e com eles O adoramos. Ninguém adora imagem. Respeitamos enquanto símbolo. São importantes enquanto representam a pessoa que cultuamos. O que fazemos à imagem, não o fazemos a seu material, mas à pessoa representada. Quando rezamos a Nossa Senhora, estamos manifestando um amor especial porque ela está indissoluvelmente unida à obra da redenção de Cristo. Deus, na encarnação do Filho, usou aquilo que entendemos: pessoas e coisas. Assim entramos em contato com Deus através de Cristo. Cristo quis nascer de uma mulher, por obra do Espírito Santo, ficando ela para sempre unida a Ele e à obra de redenção que realizou. Se cortarmos a árvore, cortamos a vida que o caule leva ao fruto. Por causa dessa união, Maria está presente no povo de Deus de modo especial, a partir de sua condição humana, como nós, e a partir de sua união a Cristo pela encarnação. Maria não foi uma simples “barriga de aluguel” que Deus usou. Está intimamente unida ao Filho em todas as etapas de sua vida, por tê-lo acolhido na encarnação e por ter continuado a seu lado como primeira discípula. Ao pé da Cruz é dada como mãe ao discípulo, gerando os filhos da redenção. O evangelho diz que o “discípulo” a levou para sua casa. Está com os discípulos em Pentecostes concebendo o novo povo.
Maria na espiritualidade
Celebrando o Mistério Pascal de Cristo, celebramos Maria. Em cada celebração festejamos Maria porque ela faz parte da Igreja. Esta a contempla e dela acolhe o modelo para viver a vida nova que Cristo nos deu e renova em cada celebração. O modo de viver dos cristãos traz consigo a necessidade de ter Maria como modelo, intercessora e co-redentora. As atitudes de Maria, seu modo de acolher o mistério de Deus, sua abertura a sua Palavra, seu empenho em conduzir Jesus ao crescimento, são para nós o modelo e estímulo na vida espiritual. Não há espiritualidade que não seja mariana, não pela devoção, mas pela própria estrutura espiritual. Onde está Cristo está Maria, como estão os santos e todos os que buscam a Deus. Dentro dessa dimensão, o culto não será algo só racional, mas assumirá nossa condição humana, usando os ricos detalhes que nossa bela natureza possui, como o carinho, os gestos, as contribuições da cultura, a criatividade sempre crescente que lhe enfeita as mil faces de Maria. Ela tem o rosto de cada tempo em todos os tempos. Sem Maria a espiritualidade perde a consistência.
Devoção bem regrada
Chegou-se a ter medo que o culto a Maria fizesse sombra a Jesus. Certamente o bom senso é sempre uma boa medida. Mas S. Bernardo diz que nunca falamos demais de Maria (De Maria nunquam satis). Por mais que exageremos, sempre será pouco. Basta que seja colocada em seu lugar, não como substituta de Deus, nem uma forma diferente do Espírito, mas sempre como alguém dado a nós por Deus e também humana como nós. Ela intercede por nós em sua mediação suplicante. Ela nos apresenta a Deus como apresentou seu Filho. O que fez a Jesus fa-lo-á a nós, pelo motivo que seu Filho continua em nós.
http://www.ceresp.com.br/619.htm
Julho - 2007
Redentorista
Presença de Maria na Igreja
Que bom saber que Maria, Nossa Senhora, está sempre presente na Igreja. É uma característica dos verdadeiros cristãos terem por ela uma especial devoção. Essa devoção chama-se hiperdulia, isto é, grande veneração. Aos santos prestamos culto de veneração (dulia). Por Deus temos o culto de adoração (latria). Adoração significa ter Deus como fonte e fim de nossas vidas. Rezando diante de Deus, nós reconhecemos sua divindade e a Ele nos unimos. Quando rezamos aos santos, nós nos unimos a sua oração de adoração a Deus e com eles O adoramos. Ninguém adora imagem. Respeitamos enquanto símbolo. São importantes enquanto representam a pessoa que cultuamos. O que fazemos à imagem, não o fazemos a seu material, mas à pessoa representada. Quando rezamos a Nossa Senhora, estamos manifestando um amor especial porque ela está indissoluvelmente unida à obra da redenção de Cristo. Deus, na encarnação do Filho, usou aquilo que entendemos: pessoas e coisas. Assim entramos em contato com Deus através de Cristo. Cristo quis nascer de uma mulher, por obra do Espírito Santo, ficando ela para sempre unida a Ele e à obra de redenção que realizou. Se cortarmos a árvore, cortamos a vida que o caule leva ao fruto. Por causa dessa união, Maria está presente no povo de Deus de modo especial, a partir de sua condição humana, como nós, e a partir de sua união a Cristo pela encarnação. Maria não foi uma simples “barriga de aluguel” que Deus usou. Está intimamente unida ao Filho em todas as etapas de sua vida, por tê-lo acolhido na encarnação e por ter continuado a seu lado como primeira discípula. Ao pé da Cruz é dada como mãe ao discípulo, gerando os filhos da redenção. O evangelho diz que o “discípulo” a levou para sua casa. Está com os discípulos em Pentecostes concebendo o novo povo.
Maria na espiritualidade
Celebrando o Mistério Pascal de Cristo, celebramos Maria. Em cada celebração festejamos Maria porque ela faz parte da Igreja. Esta a contempla e dela acolhe o modelo para viver a vida nova que Cristo nos deu e renova em cada celebração. O modo de viver dos cristãos traz consigo a necessidade de ter Maria como modelo, intercessora e co-redentora. As atitudes de Maria, seu modo de acolher o mistério de Deus, sua abertura a sua Palavra, seu empenho em conduzir Jesus ao crescimento, são para nós o modelo e estímulo na vida espiritual. Não há espiritualidade que não seja mariana, não pela devoção, mas pela própria estrutura espiritual. Onde está Cristo está Maria, como estão os santos e todos os que buscam a Deus. Dentro dessa dimensão, o culto não será algo só racional, mas assumirá nossa condição humana, usando os ricos detalhes que nossa bela natureza possui, como o carinho, os gestos, as contribuições da cultura, a criatividade sempre crescente que lhe enfeita as mil faces de Maria. Ela tem o rosto de cada tempo em todos os tempos. Sem Maria a espiritualidade perde a consistência.
Devoção bem regrada
Chegou-se a ter medo que o culto a Maria fizesse sombra a Jesus. Certamente o bom senso é sempre uma boa medida. Mas S. Bernardo diz que nunca falamos demais de Maria (De Maria nunquam satis). Por mais que exageremos, sempre será pouco. Basta que seja colocada em seu lugar, não como substituta de Deus, nem uma forma diferente do Espírito, mas sempre como alguém dado a nós por Deus e também humana como nós. Ela intercede por nós em sua mediação suplicante. Ela nos apresenta a Deus como apresentou seu Filho. O que fez a Jesus fa-lo-á a nós, pelo motivo que seu Filho continua em nós.
http://www.ceresp.com.br/619.htm
Julho - 2007
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