PADRE HÉLIO DE PESSATO LIBÁRDI CSsR
Homossexualismo é pecado, doença ou depravação?
Esse é um assunto que muita gente tem receio de comentar, foge disso. Desconhecer não é o caminho, uma vez que são realidades que podem acontecer dentro de nossa família.No início é um susto verificar que alguém de casa é homossexual. Uma reação violenta leva-nos a excluir e condenar essas pessoas não dando a elas o direito de viver, direito de ter uma família e uma vida integrada na comunidade.Todas as atitudes de exclusão e condenação são contrárias ao Evangelho que pede que sejamos misericordiosos. Não podemos correr o risco de condenar ninguém, muito menos aqueles que nem Deus condena.Hoje progredimos muito no conhecimento dessa questão. Passamos a entender que não se trata de uma perversão e nem sequer de uma doença. Embora não tenhamos toda a clareza que precisamos para emitir uma opinião, as informações de hoje levam-nos a crer que seja uma questão genética. Ninguém se torna, mas já nasce assim. Não se pede para nascer homossexual.Nossa atitude face ao homossexual deve ser evangélica, que nos leva à misericórdia (Lc 6,36), tal que saibamos acolher os que encontramos. Jesus não discriminou, nem marginalizou ninguém. Por isso qualquer posição de intolerância nos distanciará do Evangelho.Deus ama a todos, não condena, não discrimina. Não podemos ter postura farisaica de quem “coa um mosquito e engole um camelo” ou se apoiar na lei e se tornar juiz do irmão.Podemos pedir a eles que sejam discretos, pois todos temos de evitar os escândalos e atitudes que provocam as pessoas.Infelizmente, a sociedade discrimina e não trabalha tais situações. As atitudes são sempre radicais, violentas e descaridosas. Esquecemos as palavras de Jesus: “... as prostitutas e pecadores públicos vos precederão no Reino do Céus”.Ninguém está pregando a depravação e difusão de maus costumes, simplesmente estamos recomendando e pedindo que aprendamos a acolher essas pessoas que, por situações que não escolheram, são diferentes do que habitualmente chamamos de normal.O amor acolhedor ajuda a pessoa a superar problemas, dificuldades. Assim através de uma boa acolhida e aceitação, dentro dos limites que a situação exige, essas pessoas vão viver conosco, serão felizes e não sentiremos o peso de ter excluído um irmão. Limites que eu digo são a discrição, a modéstia, o bom senso, o senso da oportunidade a que nós todos estamos sujeitos. Lembramos que essas pessoas não criaram essa situação, não vão responder por um erro genético que não lhes permitiu ser igual a nós.
Pe. Hélio Libardi, C.Ss.R.
Pe. Hélio Libardi, C.Ss.R.
EDITORA SANTUÁRIO
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