PADRE HÉLIO DE PESSATO LIBÁRDI CSsR
Missionário Redentorista!
Missionário Redentorista!
Que pensar das procissões?
É gostoso assistir a um final de campeonato de futebol e ver os atletas campeões dando a volta olímpica pelo estádio, carregando a taça ou troféu e o povão agitando logo atrás. É uma festa, uma celebração de tantos momentos sofridos e alegres, em reconhecimento pelo trabalho desenvolvido pelo time. Nunca vi ninguém reclamar dessa volta olímpica.
Por que será que nossas procissões despertam tantas críticas por parte de alguns e são objeto de análises de sociólogos das religiões? Será que nós, povo, não nos podemos expressar de acordo com nossos gostos e temos de entrar no esquema de psicólogos, sociólogos e indiferentes?
A procissão é uma manifestação da piedade popular cuja base está na própria índole do ser humano. Nós precisamos de gestos e sabemos que a linguagem dos gestos é universal, enquanto que a palavra não o é, além de ser a mais fraca expressão da comunicação humana.
A vida tem seus ritos e não se podem dispensar os ritos uma vez que a pessoa não é só racionalidade, ela se expressa através de gestos os seus sentimentos. A procissão é um rito que celebra a fé.
O homem é peregrino, está sempre em busca; a peregrinação é uma amostra dessa necessidade. A mesma necessidade que faz dar a volta olímpica com a taça leva as pessoas a carregarem seus santos, suas cruzes e fazerem suas peregrinações. São maneiras de expressar seu agradecimento, sua crença, sua alegria; é uma forma de reforçar seus pedidos; necessidade de dizer com gestos o que está dentro do coração.
Se há exageros, não sei dizer; mais exagero que um desfile de escola de samba, levando para a avenida uma quantidade de alegoria e uma multidão de pessoas, certamente não há. Nossas procissões estão longe disso. Esses críticos amargos nos desculpem. Se eles não enxergam nada de bom em nossas procissões e se para eles não há significado, que respeitem nossas expressões de fé que não magoam e nem pretendem ofender a ninguém.
Vamos prestar nossas homenagens a quem acreditamos que as mereçam. Imagens são representações. Mas há tantas representações de quem nada ou pouco fez pela comunidade. Nossos santos são importantes para nós, temos comunhão com eles, acreditamos em sua intercessão que nos ajuda e vemos em suas vidas um caminho de santificação.
Pe. Hélio Libardi, C.Ss.R.
http://www.redemptor.com.br
EDITORA SANTUÁRIO
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