PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
DOIS CASOS PRODIGIOSOS
Maria Abadia Ribeiro D’Avila (Lilica) emociona-se até hoje ao contar dois episódios acontecidos com sua mãe, por intermédio do Pe. Pelágio.O primeiro foi em 1957, quando morava em Goianira. Sua mãe, dona Silvina Ribeiro, ficara doente dos pulmões. Foi ao médico. A radiografia acusou chaga pulmonar, começo de tuberculose. A filha não acreditou. Tiraram nova radiografia, que deu o mesmo sintoma. Era preciso operar. Mas o que fez Lilica? Uma promessa. Foi dentro do ônibus: Iria até o convento dos Redentoristas, compraria um quadro de NSPSocorro e pediria ao Pe. Pelágio que o benzesse, nas intenções de sua mãe. Foi tirada uma terceira radiografia, como preparativo da cirurgia. Desta vez a chapa não acusou mais nada. Disse então o médico, Dr. Benedito: “Isso pode ser um milagre”. Tinha sarado completamente.
O segundo foi em 1969, quando estavam morando em Goiânia. Sua mãe levou uma queda, fraturando a perna. Foi tratada pela medicina, devendo ser engessada. Para colar mais depressa os ossos, aconselhada por uma mulher, preparou um remédio caseiro à base de sebo de carneiro e resina. Já que não era possível passar na perna por estar engessada, a mesma mulher raizeira, disse que bebesse o remédio. A conseqüência foi quase fatal. Estômago e duodeno colaram-se, impedindo a passagem do alimento. Foi ao médico Dr. Antônio Miguel que recomendou outro médico, Dr. Edgar. Pensava-se que fosse doença cancerosa.Dona Lilica recorreu novamente ao Pe. Pelágio, agora falecido. Prometeu ir ao seu túmulo, retirar da água que escorria dele, e mandar celebrar missa na sua casa, caso sua mãe escapasse com vida. Internada no hospital Santa Rosa, foi operada pelos médicos Dr. Delúbio e Dr. Roberto Daher. Deram-lhe talvez duas semanas de vida. Saiu do hospital e viveu 24 anos, com ótima saúde. Andou em cadeira de rodas somente o tempo necessário para a perna se recuperar. Morreu em 1990, com 90 anos.Conheci o Pe. Pelágio desde 1943. Ele vinha freqüentemente a Goianira, que ele fundou. Ia para as fazendas de burro. Passava a mão em nossas cabeças, com aquele carinho. Nos sermões contava histórias e exemplos que nos animavam muito.Vivia rodeado de crianças, com quem cantava e rezava. Ensinava o mistério da Trindade dizendo que eram três santidades numa só. Visitava nossas casas. Minha mãe era quitandeira. Recebia-o em casa e oferecia as quitandas.A gente crescia naquele fé, animados por ele. Animava sempre. Nunca foi desanimado, sem esperança.Estivemos no seu enterro. Coisa nunca vista. Peguei uma relíquia: uma pétala de rosa e uma fita. Muita gente ia receber sua bênção em Campinas às 3 horas da tarde. Era positivo nas suas decisões. Muitas vezes, rezando o seu rosário pendurado à cintura, interrompia para cumprimentar e conversar com a gente.A gente não tinha medo dele. Ele entendia o que a gente queria dizer. Sempre sorridente. Hospedava-se na casa da vó Isa. Era uma pessoa pobre. Rico de sabedoria. - Lilica: Nasc. 26.5.1927 em Buriti Alegre , GO. Filha de João de Ávila e Silvina Ribeiro. Viúva de Geraldo Luiz de Almeida. Foto: Dona Lilica
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