ENCANTOS DO SEMINÁRIO LÁ E CÁ...

Por seis anos estive no seminário redentorista de Santo Afonso.
Durante um ano vivi a tranquilidade de uma cidadezinha, naquele tempo uma aldeia, a Pedrinha, no sopé da Serra da Mantiqueira.

Outros cinco anos residi no prédio de Aparecida, em forma de E e M, Escolhidos de Maria, como muito bem nos lembrou o Paulinho Oliveira em outro dia.

Lá, tanto na Pedrinha como em Aparecida, encontrei magníficos orientadores, para mim os melhores, que, além de bons mestres, eram parte de uma família que surgia na minha vida.

Não me esqueço nunca deles e cada vez que os vejo, agora já com o peso dos anos, fico sempre muito feliz e gosto de manifestar-lhes gratidão.

Tive também os meus colegas da época, que se tornaram meus irmãos, considerando que fazíamos juntos as mesmas coisas em busca do mesmo ideal: SER PADRE, MISSIONÁRIO, REDENTORISTA, SANTO.

Em todas as vezes que os encontro também fico muito feliz, considerando aqueles que estudaram ao meu lado e até aqueles um pouco mais distantes pela separação de turmas, menores, médios e maiores, que era parte do planejamento de disciplina de comportamento docente e discente.

Entretanto, é evangélico: MUITOS SÃO OS CHAMADOS E POUCOS OS ESCOLHIDOS!

Surge assim um grupo de pessoas que tiveram em algum dia o mesmo esquema de vida, o mesmo ideal, a convivência como irmãos sob o mesmo teto sagrado, mas não foram os escolhidos para o sacerdócio, mas continuam os escolhidos de Maria.

Aqui nos enquadramos e nos reunimos para reviver todo aquele tempo feliz e confirmar que, acima de tudo, continuamos irmãos que buscam sempre se unirem àqueles que foram escolhidos e que também têm felicidade em reconhecer nossa condição de irmãos.

São os encantos do seminário.

Pode existir alegria muito grande no encontro de alunos de quaisquer colégios e universidades de formação profissional, mas nada pode comparar-se à satisfação constante e franca do grupo de ex-seminaristas, esse grupo a que participamos.

Sinto sempre muito orgulho e entusiasmo por isso!

UMA VEZ REDENTORISTA, SEMPRE REDENTORISTA!

Antônio Ierárdi Neto