Pe Zezinho scj
E há os que passeiam na poesia, no suave, no jogo bonito de palavras encantadoras, próprias de livros de auto-ajuda, hoje tão comuns nas estantes de aeroporto e rodoviárias, com super-valorização do indivíduo e mil conselhos de que não se deixem cercear por nada, nem ninguém. Deus os criou livres de cadeias, amarras ou barreiras. Busquem sua felicidade pessoal e personalista custe o que custar. Vale o "eu" da pessoa e, se ela quiser vai cooperar, mas primeiro vem ela e sua realização pessoal. Oferecem a chave do sucesso pessoal. A proposta de salvar individualidade esmagada por um mundo massificador naufraga num crasso individualismo narcisista de quem se ama acima de tudo e de todos.
Tudo isso é catequese festiva e arroz de festa. Jogam-se flores, arroz, confetes na pessoa e não se exige dela nenhuma renúncia em favor do seu povo ou da sua igreja. Se algo a incomodar ela deve buscar outro grupo, outro movimento outro espaço. Negam-se a pregar a abrangência. Fixam-se no que lhes agrada. Renunciar a riquezas sucesso e dinheiro, para quê? Deus nos quer felizes, com sucesso e se possível com conforto e dinheiro! É o que ensinam. O número de seguidores deles aumenta de maneira impressionante. Também nos tempos de sucesso do nazismo e do comunismo as adesões às idéias de vitória do coletivo eram esmagadoras. Depois que o coletivismo começou a esmagar indivíduos e liberdades a reação veio lenta, mas veio. Os pregadores da felicidade coletiva perderam o discurso e o poder.
(Continua).
Referência: Canções para meditar
http://www.paulinas.org.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por comentar. Sua participação é muito importante para nós. Deixe seu e-mail para podermos lhe contatar.