No dia passado de 1º de Setembro, rememoramos alguns fatos da vida do Pe.Mário Bonotti CSsR, o reitor do noviciado de Pindamonhangaba-SP.
Segue agora uma entrevista realizada pelo Ir.Manoel, do Santuário, onde podemos conhecer ainda um pouco melhor a vida desse confrade redentorista!
Padre Mário Antônio Bonotti CSsR
"Eis o meu servo, a quem escolhi, o meu amado, em quem minha alma se compraz". (Mt. 12,18, Is 42,1-4)
Com grande alegria, apresentamos aos amigos internautas, a maravilhosa história de amor, dedicação, ou seja, a vida do Missionário Redentorista Pe. Mário Antônio Bonotti. No dia 28 de maio de 2003, ladeado por seus confrades e amigos, aos pés da Mãe Aparecida, no Santuário Nacional, rendeu graças a Deus por seus 90 anos de vida. Também rodeado de amigos e confrades, no Convento Redentorista (Basílica), recebeu os cumprimentos pelo seu aniversário. No entanto, neste clima de festa, ação de graças, fomos ao seu encontro, pedimos para que contasse um pouco da história de sua vida e da sua vocação. Portanto, o que segue abaixo, é o relato do que ele mesmo procurou descrever sobre sua história de vida, sua família, vocação, e ministério sacerdotal, conforme perguntado. Acompanhemos!
Site Redeman: - Pe. Mário, gostaríamos que o senhor relatasse um pouco a história de sua vida, sua família e vocação. Afinal, são 90 anos de idade. Cremos que muitas graças e experiências maravilhosas aconteceram e continuam acontecendo em sua vida. Então fale-nos um pouco sobre tudo isso, em especial para nossos leitores, amigos, seminaristas e vocacionados.
Pe. Mário – Muito bem. Inicio descrevendo que a origem da minha vocação nasceu no seio familiar, ou seja, está fundamentada na minha família. Minha irmã mais velha, Ana Bonotti, entrou para o Convento das Irmãs de São José. A seguir meu irmão José Ângelo Bonotti, o mais velho da família, entrou no Seminário Redentorista Santo Afonso, onde hoje está o Hotel Recreio. Por motivo de saúde deixou o seminário. Depois foi a vez do Arthur Natali Bonotti, também meu irmão. Então com três vocacionados na família, acredito piamente, foi esse o grande incentivo para que também eu fosse para o seminário. Dos oito irmãos, três ficaram missionários redentoristas e uma religiosa.Meus pais, pessoas maravilhosas e muito religiosas, não empurravam e nem impediam a decisão dos filhos que almejassem seguir o caminho à vida religiosa.Quando vim para o seminário, nesta época estava com 10 anos de idade. Meus pais moravam em São Paulo (Capital). =Aproveitando uma romaria, da Penha para Aparecida, vim junto. No começo foi difícil. Chorei mais de 15 dias de saudade dos pais, mas com o tempo me acostumei.
Site Redeman: - Pe. Mário, o senhor já especificou um pouco como foi a origem de sua vocação, que na verdade nasceu da religiosidade e testemunho cristão dos seus pais e irmãos. Alguns deles, mais tarde, se tornaram padres redentoristas, e sua irmã uma religiosa da Congregação de São José. Mas, diga-nos como foi o momento, em que o senhor sentiu a força do chamado de Deus, e porque sua opção para ser redentorista?
Pe. Mário: - Como já falei acima, a origem de minha vocação nasceu através de minha família. Com os três vocacionados na família, isso foi para mim o principal incentivo, sobretudo para abraçar a vida religiosa. Vejo que aí estava o dedo de Deus a me indicar o caminho.
Site Redeman: - Como e onde aconteceram as suas etapas de formação?
Pe. Mário: - Todo o seminário menor foi em Aparecida (SP), no seminário Santo Afonso, onde hoje está o Hotel Recreio. Sendo que o último ano foi no Colegião, como era chamado na época, "Casa de Nossa Senhora ". Com 16 anos fui fazer o noviciado em Pindamonhangaba(SP). Em seguida para a Europa, estudar filosofia e teologia. Terminado os estudos de filosofia e 4 anos de teologia, fui ordenado sacerdote, a 21 de junho de 1936, na cidade de Munique. Portanto, nesse dia 21 de junho, completei 67 anos como sacerdote redentorista. Fui ordenado no início do 4º ano de teologia, que era costume na época. Cocluí a teologia e só depois retornei ao Brasil. Respondendo ainda a essa pergunta, digo que foram 13 anos vividos no seminário.
Site Redeman: - Depois de ordenado padre, na cidade de Munique, qual foi sua primeira comunidade, ou sua pastoral específica?
Pe. Mário: - Minha primeira atividade foi no Seminário Santo Afonso como professor de latim, grego e alemão. Dois anos depois fui transferido para Campinas de Goiás, para trabalhar como vigário paroquial. Um ano depois fui para Pinheiro Marcado (RS), nesse local permaneci quatro anos, no pré-seminário e como vigário paroquial. Quando preparava uma turma de seminaristas, enfrentava com eles 60 horas de trem até Aparecida. Vinha em cada vez, de 10 a 15 seminaristas. Em 1945 fui transferido para a cidade de Tietê(SP), para o Seminário Maior, trabalhando também como professor de teologia moral, liturgia e sociologia. Em Tietê permaneci 11 anos como professor. Daí fui transferido novamente para o Seminário Santo Afonso, para ser Superior e professor de línguas. Em Aparecida, no Seminário Santo Afonso, permaneci de 1956 a 1959. A seguir fui transferido para a Paróquia Nossa Senhora Aparecida, como vigário paroquial. Ali permaneci três anos. Em seguida fui nomeado Mestre de Noviços Coristas (hoje conhecido por clérigos), em Pindamonhangaba. Cheguei a ter 16 noviços por ano. Totalizando 60 noviços. Após 6 anos de Mestre de Noviços, fui transferido para Tietê, continuando ainda como mestre. Daí novamente para o Seminário Santo Afonso como professor. = Em novembro de 1971 fui chamado a Roma, pelo então Geral Pe. Tarcísio Ariovaldo Amaral, como secretário particular dele. Permaneci neste cargo cinco anos. Em maio de 1975, retornei ao Brasil. Fui morar na Casa do Pequeno Trabalhador, enquanto terminava a reforma do Convento Velho, hoje conhecido como Comunidade das Comunicações, aqui em Aparecida. Enquanto estive ali, trabalhei como padre auxiliar. De 1980 a 1987 atuei como vigário paroquial. No início de 1988 fui transferido para o Convento Novo (Basílica), para trabalhar na Pastoral do Santuário Nacional. Como vemos, isso que conto até aqui, é um pouco da minha trajetória e trabalhos executados nesses preciosos 90 anos de idade, 72 como consagrado e 67 como padre redentorista.
Site Redeman: - Como o senhor se sente, hoje, completando 90 anos de idade. Qual a melhor recordação traz presente na memória?
Pe. Mário: - Sinto-me agraciado por Deus e plenamente realizado como missionário redentorista, graças a devoção à Nossa Senhora Aparecida. Conservo uma grata recordação desses anos todos, e tenho uma gratidão imensa para com a Congregação do Santíssimo Redentor. A melhor recordação foi quando morei na Europa, lá podia visitar os parentes Bonotti e Tomazzi.
Site Redeman: - Gostaríamos que o senhor deixasse uma mensagem aos leitos que nos acompanham pela Internet.
Pe. Mário:- No sacerdócio, como em qualquer outra vocação, podemos ser plenamente feliz, cultivando a vida de oração, de boas amizades. O que não pode faltar realmente é a oração. É ela que nos sustenta na caminhada.
IR.MANOEL APARECIDO DOS SANTOS CSsR
http://br.geocities.com/manostos/redeman.htm
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