PADRE HÉLIO DE PESSATO LIBÁRDI CSsR
Que companhias devemos procurar?
É bem acertado o ditado: “Dize-me com quem andas e dir-te-ei quem és”; pois a companhia identifica, forma ou deforma as pessoas.
A identificação é o item mais forte num processo de aproximação. Há identificação no nível psicológico, afetivo, temperamental, cultural, religioso etc... Por esses caminhos nos identificamos com pessoas e podemos construir uma vida sadia, em que um ajuda o outro em seu crescimento, nas descobertas de valores, na organização e gerenciamento da própria vida.
Por isso dizemos que a companhia forma as pessoas, pois assimilamos valores éticos e morais que percebemos válidos nos outros. Aqui está o grande valor educativo da fraternidade.
Um colega também dizia o contrário: “os feridentos atraem feridentos”. Essa é uma verdade para psicólogos estudarem a fundo. É impressionante como os problemáticos se acham, se atraem e se identificam com extrema facilidade. Numa comunidade esse fator é o que aglomera pessoas descontentes e insatisfeitas. É uma outra escola que impede o crescimento das pessoas.
Nessa categoria entram os descontentes, os que têm manias, os viciados, os malcomportados, os baderneiros e outros.
Não somos perfeitos, mas temos de procurar sempre a companhia de pessoas que tenham conteúdo e boa vivência e que nos ajudem a crescer na vida. Isso não significa que devamos excluir as pessoas difíceis; temos de saber acolhê-las se tivermos capacidade de ajudá-las. Quantas pessoas, motivadas pelo desejo de ajudar colegas, se afundaram no vício e acabaram perdendo a própria dignidade. Jesus disse: “Um cego guiando outro cego, ambos cairão no buraco”.
Temos de reconhecer os limites e nossa capacidade; caso contrário, em vez de ajudar, estaremos atrapalhando e tirando o lugar de outros que possuem mais capacidade de ajuda do que nós.
A pessoa que quer melhorar tem de procurar ambiente e pessoas que favoreçam sua transformação. Essa transformação nasce da percepção de que tudo pode ser diferente. Isso vai gerar o interesse de procurar ajuda de quem seja capaz de acompanhá-la.
Sem excluir, sem desvalorizar e sem condenar, na observação diária, notamos que, embora o hábito não faça o monge, a companhia revela a pessoa, sua identidade, sua capacidade, seus valores éticos e morais, seu horizonte e sua prática de vida, pois continua sendo verdade o ditado: “Dize-me com quem andas e dir-te-ei quem és”.
Pe. Hélio Libardi, C.Ss.R.
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EDITORA SANTUÁRIO
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