Em um mundo barulhento, Papa convida à adoração eucarística
«Na vida de hoje, com freqüência barulhenta e dispersiva, é mais importante que nunca recuperar a capacidade de silêncio interior e de recolhimento», afirma Bento XVI.Após as alterações litúrgicas ocorridas no Concílio Vaticano II muita coisa mudou nas celebrações da Igreja Católica.
Foi evidentemente muito positiva a conclusão sobre a maior participação dos fiéis nos diversos rituais católicos, que passaram a compreender melhor o sentido de suas orações e a noção mais clara e necessária da Bíblia Sagrada.
Positiva também foi a integração maior dos leigos no sacro ministério, dando mais oportunidade às pessoas de se aproximarem fisicamente do altar.
Entretanto, a rápida propagação desse procedimento, trouxe um sério problema na prática católica : o BARULHO.
E, coisa muito séria, o BARULHO dentro das igrejas.
Muitas pessoas um dia aprenderam que a igreja, capela ou qualquer recinto religioso eucarístico é casa de Deus onde deve prevalecer o SILÊNCIO e a ORAÇÃO.
Bento XVI convida «os sacerdotes a estimular os grupos juvenis à prática da beleza da adoração, mas também a que os acompanhem, para que as formas da adoração comunitária sejam sempre apropriadas e dignas, com adequados momentos de silêncio e de escuta da palavra de Deus».
Ele ainda menciona muito preocupado: «Na vida de hoje, com freqüência barulhenta e dispersiva, é mais importante que nunca recuperar a capacidade de silêncio interior e de recolhimento»
E completa na forma de sumo pontífice: «A adoração eucarística permite fazê-lo não somente em torno do 'eu', mas em companhia desse 'Tu' repleto de amor, que é Jesus Cristo, o 'Deus que está perto de nós'.»
«A adoração do sacramento da Eucaristia fora da santa missa continua e intensifica o que já aconteceu na celebração litúrgica e torna possível uma acolhida verdadeira e profunda de Cristo», explica o bispo de Roma.
Nessas palavras do nosso bom papa, Bento XVI, proferidas recentemente, 10 de junho passado, podemos perceber que aquelas pessoas, que ainda antes do Concílio Vaticano II estavam melhor informadas sobre essa situação e mantêm-se hoje atualizadas no conceito católico.
O BARULHO, que hoje é permitido no recinto das igrejas e capelas, deve ser considerado prática indevida das deliberações do Concílio de 1965 , tornando-se prejudicial ao ambiente de oração e reflexão e, com certeza, um abuso a ser eliminado.
SALVE MARIA
Antônio Ierárdi Neto
Amigo Ierardi,
ResponderExcluirMuito oportuna sua divulgação da mensagem de Sua Santidade. Você já conhece minha opinião sobre esse assunto. Também compartilho da ideia de que a "modernidade" implantada por certa parte do Clero, na tentativa de trazer os fieis para a Igreja, acaba caindo no extremo oposto do respeito, do silêncio e até mesmo do verdadeiro entendimento, por parte desses fieis, do que é que representa uma igreja, um Sacrário, uma Eucaristia...
Além de tudo isso, encontramos em certas igrejas, em função de sua arquitetura, uma barulheira em função do volume e do eco produzidos pelos órgãos, baterias, e corais(em último volume)...