CARISMA:
A palavra carisma vem do grego "cháris" que significa graça, dom. É um dom do Espírito Santo para o serviço dos irmãos. O carisma nunca é dado para o benefício da própria pessoa (ou instituição) e sim para o benefício dos outros. O Espírito Santo distribui carismas não só para pessoas individuais, mas também para grupos, instituições e até para Continentes, como por exemplo, o carisma da Igreja da América Latina. Entre as instituições, destaca-se o carisma das Congregações Religiosas. Para se conhecer o carisma de uma Congregação, precisamos primeiro conhecer o carisma de seu fundador. Os dois não se identificam, mas um nasce do outro. Podemos distinguir o carisma do fundador, o carisma de cada membro da Congregação e o carisma da Congregação como tal. Não é que um fundador receba um carisma, que vá sendo partilhado ou distribuído entre os membros. Cada membro recebe um carisma pessoal direto do Espírito Santo, através do qual vai continuar (não repetir) o carisma do fundador, pois os membros da Congregação vivem em situações históricas diversas das do fundador, exigindo, portanto, uma resposta evangélica diferente.
CARISMA DO FUNDADOR:
O fundador de uma Congregação religiosa é um cristão que vive intensamente sua Vocação em determinada situação histórica...Deixa-se guiar pelo Espírito que, através dele, quer responder às exigências da Igreja de seu tempo e lugar concretos. O que o caracteriza como fundador é a dimensão comunitária de seu carisma, isto é, Deus mesmo quer que sua sensibilidade e seu testemunho se transformem em luz e chamado por outros cristãos, que passam a encontrar nele uma ressonância determinante de sua vocação pessoal. Por isso se unem a ele e juntos dão origem a uma vida de testemunho comunitário, que é o primeiro germe da nova família religiosa. Para se entender o carisma congregacional vamos fazer a seguinte comparação: imagine que o centro espacial de um país projeta lançar um foguete para a Lua. O foguete já está preparado na plataforma. Inicia-se a contagem regressiva e ele é lançado. Claro que a Lua está em movimento e, como o foguete só vai chegar lá 50 horas depois, tem de ser tudo muito bem calculado. Acontece que o foguete, durante a trajetória, passou perto de um astro que, pela lei da gravidade, o desviou um pouquinho de sua rota. Então, o centro espacial que o está acompanhando, aciona, através de controle remoto, um pequeno foguete de reserva, que recolocará a cápsula em sua rota. Logo que a cápsula retoma sua rota original, o foguetinho pára de funcionar, pois do contrário a levaria para o lado inverso. Lá na frente, a cápsula encontra uma nuvem eletrônica que atrasa sua velocidade. Neste momento outro foguetinho é acionado para conservá-la na velocidade inicial. Vencida a barreira, este foguetinho pára de funcionar para que a cápsula não continue com maior velocidade chegando antes do tempo ao lugar previsto para o encontro com a Lua, fracassando assim toda a missão. O sentido da comparação é o seguinte: a cápsula é a Igreja. O centro espacial é o Espírito Santo. Os pequenos foguetes são as Congregações que o Espírito Santo suscita durante a trajetória da Igreja pela História, cada vez que ela começa a se desviar um pouco da missão que recebeu de Cristo. Por exemplo, quando o ministério da evangelização da Igreja começou a se concentrar em determinadas áreas, abandonando outras, especialmente as mais pobres e difíceis, o Espírito Santo suscitou a Congregação Redentorista, cujo carisma está todo voltado para a evangelização dos mais pobres e abandonados.
Existem na Igreja outras formas de vida um pouco diferentes das três vocações específicas acima. São os: Institutos seculares; Sociedade de Vida Apostólica.
INSTITUTOS SECULARES:
Este caminho é seguido por cristãos, homens e mulheres, que vivem as realidades comuns a todas as pessoas: na família, no trabalho, na cultura, na política...Entretanto, assumem um compromisso de viver plenamente as exigências do Evangelho na pobreza, na castidade e na obediência, por causa do Reino de Deus. Essa consagração lhes dá uma força maior para transformar o mundo sem sair do meio em que vivem. Por isso o que os caracteriza é a chamada "secularidade" consagrada. Alguns vivem em comunidade, outros não.
SOCIEDADE DE VIDA APOSTÓLICA:
São padres ou leigos que se unem em sociedade para se dedicar a uma atividade apostólica, e juntos procurar a perfeição da caridade. Eles geralmente não têm profissão civil, pois se dedicam em tempo integral ao apostolado. Exige-se a vida comunitária. Não se consagram pelos votos de pobreza, castidade e obediência.
"Eis-me aqui ó Deus para fazer a tua vontade" (Hb 10,7)
http://www.secretariadovocacional.com.br
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