De repente vejo-me alterando um pouco a minha rotina diária.
Estou arrumando minha mochila para um passeio à cidade de Aparecida.
Isso me lembra agora a ansiedade que sentia quando, cerca de 50 anos atrás, também preparava uma mochila, ou de “tutu”, ou de arroz, ou de talheres, ou de caixa de goiabada, ou de pratos, já pensando em acordar às 5 horas do dia seguinte, assistir à missa, tomar café e seguir rumo aos Campos, ou Pilões, ou Pedrona.
Era uma sensação gostosa de pensar nisso tudo antes da partida. Muitas vezes até não conseguia dormir.
E no dia seguinte, o dia do passeio, levantava-me eufórico, a missa era até um pouco diferente, se bem que me parecia mais longa, o café com leite eram sorvidos de pé, com o rápido mastigar do nosso pãozinho de cada dia.
E...pé na estrada!
Saíamos em conjunto, formávamos turmas e idealizávamos nosso destino.
Era muito bom!
Hoje, ao arrumar minha mochila, tentando lá colocar tudo que possa para me suprir durante dois dias e meio, inclusive até um notebook e sua parafernália exigente, lembro a mesma coisa que vivi naquele saudoso tempo e volto a sorrir feliz e da mesma forma, pensando no passeio e nos dias em que vou reviver os tempos de seminário.
Imagino que essa sensação seja bem comum de todos os amigos e colegas que lá estarão nesses dias e, dentro desse ambiente feliz, vão relembrar os tempos na casa redentorista e demonstrar a todos os presentes que a congregação, pelo empenho de tantos padres e irmãos, formou um grupo de pessoas que hoje está do outro lado da batina, ou clergyman, mas que mantém perene o ideal proposto por Santo Afonso, mudando apenas uma palavra:
Antes idealizávamos: PADRE, MISSIONÁRIO, REDENTORISTA, SANTO!
Hoje, em novo ideal: LEIGO, MISSIONÁRIO, REDENTORISTA, SANTO!
Antônio Ierárdi Neto
(Tampinha)
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