PE.ZULIAN CSsR
3. Reforma da piscina
A piscina da Pedrinha foi sempre algo de especial: falou em Pedrinha, falou em piscina. Grande, feita com muito trabalho e boa vontade, tinha no meio uma ilha. O fundo dela foi feito com pedras grandes rejuntadas com cimento. Com o tempo a água ;,num volume tão grande, foi se infiltrando, e transformando o fundo num atoleiro. A conselho e sob a orientação do Pe. Pieroni, resolvemos consertar. Propriamente foi feito um fundo novo: quase trinta centímetro de espessura, com pedras e concreto. Os meninos trabalharam sob orientação do Pe. Diretor e do Pe.Furlani. Na betoneira fiquei eu: não podia fazer muita força: estava recém operado do apêndice. Tempos depois, Pe. José Costa, pároco da Penha, com os pedreiros e serventes da construção da igreja da Penha, fizeram uma laje em regra, que serviu como base para a última reforma.
4. O barracão
É uma obra bem construída. Faltava um lugar amplo de recreio para os 90 seminaristas. No tempo em que o Pe. Baleeiro era secretário de educação do Estado, Pe. Negri conseguiu uma verba em forma de bolsas de estudo, que foi usada também para isso. Numa extremidade do barracão foi feito o palco, que nós mesmos construímos Tudo de acordo com os seminaristas que gostavam de representar. O povo do bairro também assistia às festinhas. O palco tinha camarim, bastidores, iluminação especial, e até um alçapão, e uma magnífica cortina, que “deu pano para manga” Pe. Negri mandou pesquisar, e nós já trouxemos o pano: uma bronquinha boa. Entre as muitas dificuldades(quem sentia mais era o diretor diante da responsabilidade), o transporte e comunicação estavam em primeiro lugar: Nem se podia pensar em telefone; estradas ruins, que com a chuva se faziam quase intransitáveis, com os córregos que transbordavam interrompendo a passagem. Tínhamos um jeep (chimbica) bem velho, com muitos problemas de mecânica. Não fosse o Pe. Furlani... Várias vezes ficamos na estrada. Depois tivemos uma perua Willys, que foi substituída por uma camioneta. Esta foi bem melhor. Havia ocasião de ter que socorrer casos urgentes de pessoas do bairro.
5. Fatos pitorescos...
Entre muitos, :- Pe. Diretor ,podemos subir aos Campos?(alto das montanhas da Mantiqueira )- eram uns três seminaristas. Pe. Brandão num sorriso meio irônico, disse :-Podem. O diretor não podia imaginar que eles levassem a sério. Era dia de aula. Pois eles foram, voltando à tarde. Que ia dizer o diretor?
A morte do menino Reginaldo.
Reginaldo era de Aparecida. O pai era funcionário da Editora Santuário. Reginaldo sofria de ataques. Pe. Brandão mandou-o para casa afim de se tratar. Depois de meses voltou com garantia do Dr. Sigaud que estava curado. Durante a exibição de um filme do Pe. Furlani, Reginaldo teve um ataque. Estava perto de mim. Parecia um ataque comum. Foi levado à enfermaria. Ninguém tinha falado que o problema dele era cardíaco, ou coisa semelhante. Terminado o filme, era quarta feira, fomos tomar um guaraná em companhia do Pe. Vieira. Depois diso, Pe. Negri teve idéia de ver como estava o menino. E, para surpresa nossa, estava agonizando. Pe. Negri e Pe. Furlani imediatamente foram a Aparecida: não adiantava levar o menino. Enquanto isso Pe. Vieira e eu ficamos ao lado dele e já cuidamos da Unção dos Enfermos: só um momento, e uma espuma de sangue saía de seus lábios... edema pulmonar. Reginaldo estava morto. Demorou para chegar o Dr. Sigaud com os pais. Só o desespero dos pais e o atestado do médico: edema pulmonar fulminante. Consternação de todo o seminário. Tivemos todo o apoio do Seminário de Santo Afonso. Os pais do menino nunca se conformaram. Parece que até recorreram a sessões espíritas para sentir a presença do Reginaldo...
O problema da falta da luz...
No mesmo dia em que o “rego” ruiu, e nossa esperança de dias melhores, com ele, estivemos em Guaratinguetá, Pe. Furlani e eu, para conversar com o advogado. Ao mesmo tempo conseguimos de empréstimo um motor estacionário com gerador. Era coisa usada, mas o Pe. Furlani tentou adaptar. Pe. Brandão não quis, porque muito bem refletiu, que para um seminário com tantos alunos era necessária maior atenção da Província. Essa atenção não aconteceu, e ficamos por vários meses com a luz de três lampiões a querosene(Aladim), e,em nossos quartos ,com velas. Depois Pe. Pieroni quebrou um galho com um gerador tocado a trator, e só mais tarde tivemos um gerador novo.
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