CONSAGRAÇÃO À NOSSA SENHORA APARECIDA NA VOZ DO PADRE VITOR COELHO CSsR

Ó MARIA SANTÍSSIMA, PELOS MÉRITOS DO SENHOR JESUS CRISTO QUE EM VOSSA IMAGEM MILAGROSA DE APARECIDA ESPALHAIS INÚMEROS BENEFÍCIOS SOBRE O BRASIL, EU, EMBORA INDIGNO DE PERTENCER AO NÚMERO DOS VOSSOS SERVOS, MAS DESEJANDO PARTICIPAR DOS BENEFÍCIOS DA VOSSA MISERICÓRDIA, PROSTRADO A VOSSOS PÉS, CONSAGRO-VOS O ENTENDIMENTO, PARA QUE SEMPRE PENSE NO AMOR QUE MERECEIS. CONSAGRO-VOS A LÍNGUA, PARA QUE SEMPRE VOS LOUVE E PROPAGUE A VOSSA DEVOÇÃO.CONSAGRO-VOS O CORAÇÃO, PARA QUE, DEPOIS DE DEUS, VOS AME SOBRE TODAS AS COUSAS.RECEBEI-NOS, Ó RAINHA INCOMPARÁVEL, QUE NOSSO CRISTO CRUCIFICADO DEU-NOS POR MÃE, NO DITOSO NÚMERO DOS VOSSOS SERVOS. ACOLHEI-NOS DEBAIXO DA VOSSA PROTEÇÃO. SOCORREI-NOS EM NOSSAS NECESSIDADES ESPIRITUAIS E TEMPORAIS E, SOBRETUDO, NA HORA DA NOSSA MORTE. ABENÇOAI-NOS Ó MÃE CELESTIAL, E COM VOSSA PODEROSA INTERCESSÃO FORTALECEI-NOS EM NOSSA FRAQUEZA, A FIM DE QUE, SERVINDO-VOS FIELMENTE NESTA VIDA, POSSAMOS LOUVAR-VOS, AMAR-VOS E RENDER-VOS GRAÇAS NO CÉU, POR TODA A ETERNIDADE. ASSIM SEJA! ...PELA INTERCESSÃO DE NOSSA SENHORA APARECIDA, RAINHA E PADROEIRA DO BRASIL, A BÊNÇÃO DE DEUS ONIPOTENTE, PAI, FILHO E ESPÍRITO SANTO, DESÇA SOBRE VÓS E PERMANEÇA SEMPRE.AMÉM!

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15 de abril de 2009

“O MEU PRÉ - SEMINÁRIO DA PEDRINHA” (MINHAS MEMÓRIAS)-2ªPARTE

PADRE BRANDÃO CSsR
6. Nossos ex-alunos redentoristas
Os jovens que foram matriculados no Pré-Seminário da Pedrinha foram muitos. É claro que nem todos chegaram ao sacerdócio, nem todos continuaram os estudos no Seminário de Santo Afonso, em Aparecida. Muitos desistiram. Outros foram aconselhados a seguir outro caminho. Porém, o Pré-Seminário procurava, dentro do possível da época, formar e educar bem todos os que por ali passavam. Embora não chegando ao sacerdócio, muitos que passaram pela Pedrinha daqueles tempos, hoje servem a Deus como cristãos conscientes e tiveram destaque na política, na medicina, na advocacia ou no magistério, aproveitando os anos de formação recebida. Para nós, constatar esta realidade é uma alegria e é um santo orgulho. - Bendito seja Deus, nosso Redentor!
Julgo muito importante também afirmar aqui que, durante todos os anos em que vivemos na Pedrinha com os confrades e com os seminaristas, outra preocupação nossa, e constante, foi deixar “as portas sempre abertas”, sem coagir ninguém, colocando todos os alunos numa situação de poder fazer sua opção livre. Ainda hoje eles guardam no coração saudades daqueles tempos felizes: “Uma vez redentorista, sempre redentorista”!
7. Nossa pedagogia
O Pré-Seminário de Santo Afonso, da Pedrinha, sempre seguia a Tradição guardada pelo Seminário de Santo Afonso, em Aparecida. Tradição segura e intocável. Além disso, havia “o Regulamento”, editado em 1935 pelo então Pe. Francisco Wand, Vice-Provincial, e reeditado em 1957 pelo Pe. José Ribolla, Provincial. Nossa disciplina era dura e firme. Sempre tivemos um objetivo: educar aquela meninada viva, esperta e irrequieta. Eu sempre acreditei na disciplina como caminho para se atingir o sacerdócio. Estava convencido do que aprendi, do que falava e do que fazia: “A disciplina educa a vontade e forma o caráter”. Por isso, a gente era severo e exigente. E tinha razão? - Eu não duvido. Hoje, eu me questiono se errei, ou não errei na forma de aplicar esta nossa disciplina... O princípio, porém, permanece sumamente válido.
Erramos muitas vezes, sem dúvida. A graça de Deus nos acompanhou. O Espírito Santo nos ajudou, nos abençoou e nos livrou de grandes problemas, naquela época. Com ajuda de meus auxiliares, embora sem preparo especial para ser formador e para ser Diretor do Seminário, eu me atirei a esse serviço “da formação de futuros padres” consciente de que estava numa das mais importantes áreas da Vida Pastoral.
Pensando bem, nem sei como eu e meus confrades conseguimos dar conta do recado...
A nossa formação alemã e rígida havia criado em nós, sacerdotes daquela geração, diversos traumas psicológicos e afetivos, e desajustes também. Contudo, os nossos educadores alemães haviam nos ensinado igualmente muitas coisas positivas, muitas qualidades e, em Vila de Santo Afonso especial, uma educação de caráter. E, assim, agora, lá no Pré-Seminário da Pedrinha, a gente eliminava o que era negativo e aproveitava o que era mais válido para a educação dos seminaristas. Todavia, não deixava de ser uma tarefa difícil, Deus bem o sabe. Naqueles anos, os tempos eram outros. Outro era o mundo. Outros já eram os métodos pedagógicos. Por essa razão, os seminaristas, que eram crianças, não guardavam ressentimento contra nós, mas pediam novos caminhos e nos forçavam a certa abertura necessária. Havia disciplina, havia Regulamento, havia Tradição, mas juntamente com meus auxiliares nós começamos, então, a criar e a viver no Pré-Seminário da Pedrinha, um clima de mais liberdade, de mais confiança, de mais responsabilidade, de menos severidade e de menos medo.
Mesmo mantendo o sistema rigoroso e duro de internato, aos poucos e timidamente eu comecei a “soltar” a disciplina. Seja como for, os alunos percebiam claramente que nós éramos seus amigos, seus irmãos e que eles eram bastante amados....
8. O presente - herança do passado
A vida do nosso Pré-Seminário de Santo Afonso, na Pedrinha, não foi muito comprida. Durou 12 anos e meio. Contudo, não é fácil colher os momentos mais significativos que marcaram sua História. Tenho e carrego comigo muitas lembranças, muitas saudades, muitas memórias... Parece até que o tempo não passou.. O tempo, porém, passa, passa depressa e a gente fica a pensar: “Como Deus é bom!”
As graças e as misericórdias do Senhor Deus são incontáveis!.
Nosso falecido confrade e Superior Geral dos Redentoristas emérito, Dom Tarcísio Ariovaldo Amaral, escreveu estas palavras: “Ninguém pode se esquecer nunca de que o presente é herança do passado... A messe de hoje é crescimento e maturação da semeadura de ontem”.
Eu não saberia citar todos os acontecimentos marcantes daqueles meus tempos passados no Pré-Seminário. Há muitos, é claro, também aqueles que não “viraram manchete”, mas ajudaram a nossa vida, o nosso crescimento, os nossos alunos.
Eu vou citar e evocar apenas os seguintes:
1º) A Visita do Pe. Geral Redentorista à “nossa pequena, mas santa” Comunidade da Pedrinha (Pré-Seminário). Padre Guilherme Gaudreau. 9 de setembro de 1961. Acompanhado do Conselheiro Geral, Pe. Afonso Schwind. Eu me lembro perfeitamente... O Geral, Pe. Gaudreau, era um homem simples, compreensivo, falando bastante em Português, embora misturasse com o Italiano, com o Espanhol e até com o Francês. Conversou comigo, com o Pe. Zulian e com o Pe.Furlani. Achou que “a Pedrinha estava fora de mão”, e que “o trabalho lá era muito”. No dia seguinte, celebrou para os seminaristas e partiu para visitar o Seminário de São Geraldo, no Potim (SP). Foi a primeira visita de Geral à Pedrinha. Fato marcante.
2º) Outro fato que muito nos marcou e nos fez sofrer (e quanto) foi a desavença, um processo entre a família Caltabiano, de Guaratinguetá e a Congregação Redentorista. Tudo por questões de divisa do nosso terreno e de terras, quando o córrego de água, que alimentava nossa usina elétrica, desmoronou. Este córrego, comum, que servia à nossa usina e à nossa piscina, servia também à fazenda e às terras da família Caltabiano. Ele foi o pivô de tudo. Ficamos sem água, sem luz e com muito incômodo para nós, para os seminaristas e para a Igrejinha do bairro. Foi uma verdadeira via-sacra! Durante bastante tempo. Outro fato marcante. Ainda bem que o Pe. Pieroni, abençoado Pe. Pieroni, assumiu “a briga”, enfrentou a causa, não teve medo nem do juiz nem dos poderosos, nem de aborrecimentos!
3º) Não posso deixar de mencionar também, como fatos marcantes, os Retiros Espirituais que anualmente eram pregados aos nossos seminaristas da Pedrinha. Geralmente, após as férias de julho. Eram três dias de absoluto silêncio, de oração e de pregação. Eram dias ansiosamente esperados, pois tudo era novidade, em especial para os novatos. Todavia, eles gostavam muito destes Retiros, que ficavam gravados nos seus corações e eram dirigidos por redentoristas convidados, como o Pe. Marino Plentz, o Pe. Artur Bonotti, o Pe.Orlando Gambi e outros. Como foram felizes, bonitos e gostosos, aqueles anos do Pré-Seminário da Pedrinha! Ao relatar aqui estas minhas memórias, eu o faço unicamente para manifestar minha gratidão aos confrades que, naqueles anos, estiveram comigo, lado a lado, no fogaréu das batalhas. E aproveito para pedir a eles perdão de minhas falhas e de meus erros.
Os primeiros 10 anos de minha vida sacerdotal foram doados à formação na Província. Houve desafios. Houve preocupações, lutas, angústias, sonhos e anseios. Houve dificuldades, houve falta de recursos, naquele início do Pré-Seminário. Confesso publicamente: -na minha caminhada de Diretor do Pré-Seminário, meu maior medo era pensar na possibilidade da morte de algum daqueles pequenos seminaristas, lá, na Pedrinha, à noite, naquelas distâncias, eu sem telefone, sem, médico, sem condução, longe das famílias dos alunos...
Deus, porém, foi o parceiro de minha vida, nunca nos abandonou.
Todos os dias, duas vezes, a gente rezava, em comum, a oração ao Santo Anjo da Guarda: “Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador...” - Conhece? Outra herança que nós recebemos dos redentoristas alemães, é o amor, o carinho, a devoção a Nossa Senhora.
Nas mãos de Nossa Senhora Aparecida nasceu o Seminário de Santo Afonso, em Aparecida, no dia 3 de outubro de 1898, exatamente há cem anos. Nas mãos de Nossa Senhora Aparecida nasceu também o nosso Pré-Seminário de Santo Afonso, na Pedrinha. Com muito ciúme, nós guardamos e transmitimos, aos nossos seminaristas, esta herança preciosa. Por isso, duas vezes por dia, em comum, os alunos se consagravam a Deus, pela intercessão de Maria, rezando aquela outra oração: “Ó Senhora minha, ó minha mãe, eu me ofereço todo a vós...”
Hoje, 1998, a Pedrinha não é mais a Pedrinha, verde, sossegada, daqueles tempos. Nossa casa não é mais Seminário. O prédio tem outra destinação. Hoje, a casa ainda é nossa, sim, mas acolhe os Capítulos, os Encontros, as Reuniões, as férias da Província e de leigos também. Hoje, as estradas, lá, rasgaram a serra da Mantiqueira. As águas diminuíram. O bairro tem telefone, médico, luz, ônibus, bar, clube, televisão, celular, asfalto e até droga, na praça...
Os tempos passaram. Recordar é viver. Mas não basta só olhar o passado. O ano 2000 está chegando. Nós temos esperança. Deus caminha conosco. Os 100 anos de existência e de caminhada do Seminário de Santo Afonso, e a História do Pré-Seminário de Santo Afonso, da Pedrinha, manifestam claramente a presença do Santíssimo Redentor no meio de nós e são um convite a caminhar, a ir adiante...e a sonhar sempre com “a Copiosa Redenção”.

Um comentário:

  1. Padre José Oscar Brandão! O meu grande diretor na Pedrinha, PRÉSSA, e no Santo Afonso, SSA!
    Obrigado, padre! Hoje avalio como era o seu espírito, ainda jovem, cheio de preocupações por tantos filhos adotados...Sim, eu me considero um de seus filhos, porque recebi de suas mãos a verdadeira proteção de um pai. O senhor me educou, participou de maneira importante no processo da minha vida! E, olhe, tantos outros hoje , como eu, emocionam-se com a seu desempenho e não nos esquecendo ainda dos seus bravos companheiros!

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