EVANGELIZAÇÃO: UMA RESPOSTA À "SEDE" DOS HOMENS DE TODO TEMPO E LUGAR
Luca Marcolivio
Publicada a Mensagem do Sínodo dos Bispos ao Povo de Deus
SÍNODO DOS BISPOS 2012 - Celebração de Encerramento - Basílica de S. Pedro - Vaticano |
A Mensagem final da XIII Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização para a Transmissão da Fé Cristã foi apresentada nesta manhã na sala de imprensa do Vaticano. O texto foi dividido em 14 pontos.
O documento abre com uma referência ao encontro de Jesus com a Samaritana junto do poço, trazendo a ânfora vazia (cf. Jo 4,5-42): é uma referência para a "sede" dos homens de todos os tempos, muitos “são os poços”, mas é preciso "discernir " para não correr o risco de ruinosas desilusões.
Reconhecendo Cristo como o único portador da "água que dá a vida verdadeira e eterna" e convertendo-se, a mulher samaritana "tornou-se mensageira da salvação e conduz para Jesus toda a cidade”.
Conduzir os homens a Cristo é uma emergência que envolve os cristãos de qualquer tempo e lugar. Hoje, em especial, é necessário “reavivar a fé que corre o risco de ser ofuscada”. Na "mudança de cenários sociais e culturais" todo cristão é chamado a viver de modo renovado a experiência comunitária de fé e o anúncio através de uma evangelização renovada em seu ardor e seus métodos.
A fé se concretiza “no relacionamento que estabelecemos com a pessoa de Jesus, que primeiro vem a nós”. Na Igreja, "espaço que Cristo oferece na história para encontrá-lo", é importante dar vida a uma “comunidade acolhedora, onde todos os marginalizados encontrem sua casa para experiências concretas de comunhão, que, pelo ardor do amor [...] atraem o olhar desencantado da humanidade contemporânea".
Isso não quer dizer inventar "novas estratégias", mas redescobrir as Escrituras - que os Padres sinodais recomendam a "leitura frequente" - especialmente a "vida de Jesus" e a maneira através da qual as pessoas se aproximaram Dele e por Ele se sentiram chamadas e adaptadas às condições do nosso tempo.
O ponto de partida da evangelização está em "evangelizar a nós mesmos", dispondo-nos a conversão. "Sabemos - escrevem os Padres sinodais - que devemos reconhecer humildemente nossa vulnerabilidade às feridas da história e não hesitar em reconhecer os nossos pecados pessoais".
Ao mesmo tempo, temos que confiar em uma renovação cuja fonte é "a força do Espírito do Senhor" e, portanto não depender exclusivamente da nossa força humana limitada. É nosso dever "vencer o medo com a fé, o desânimo com a esperança, a indiferença com o amor”.
Quando temos consciência de que o Senhor venceu a morte e que Seu Espírito opera poderosamente na história, “não há espaço para o pessimismo”. "A nossa Igreja é viva e enfrenta com a coragem da fé e do testemunho de tantos de seus filhos os desafios da história", lê-se na mensagem,
A evangelização sempre teve como "lugar natural" a família que "é atravessada por toda parte por fatores de crise, cercada por modelos de vida que a penalizam" e, por esta razão, deve ser dado um "tratamento especial" em vista da missão que ocupa na Igreja.
Os Padres sinodais não negligenciaram o fenômeno da ‘convivência’ e as "situações familiares irregulares construídas após o fim de casamentos anteriores: acontecimentos dolorosos em que também sofre a educação à fé dos filhos". A Igreja também ama estes irmãos e as comunidades devem ser “acolhedoras para com aqueles que vivem em tais situações" e apoiar "caminhos de conversão e de reconciliação".
Das comunidades eclesiais emerge acima de tudo, o papel da paróquia que permanece "indispensável", embora "as novas condições possam pedir seja a adaptação em pequenas comunidades seja relações de colaboração em contextos mais amplos".
A paróquia se torna um veículo para a nova evangelização, permeando "as várias, e importantes expressões de piedade popular". Na vida paroquial, cada figura deve receber a justa valorização: do pároco ao diácono, do catequista ao ministro, até o animador.
Sobre a juventude, os Padres sinodais expressaram uma visão "preocupante", mas "longe de ser pessimista”. Sobre os jovens convergem "as forças mais agressivas dos tempos", todavia a eles “deve ser reconhecido um papel ativo na obra da evangelização, especialmente para o seu mundo”.
No mundo da juventude destaca-se em particular a Jornada Mundial da Juventude, mas existem outras realidades "não menos atraentes, como as várias experiências de espiritualidade, de serviço, e de missão".
O mundo da arte é de considerável importância e a via pulchritudinis, o Caminho da Beleza, é considerada "uma forma particularmente eficaz na nova evangelização".
Através do trabalho, acrescentaram os Padres sinodais, o homem torna-se "cooperador da criação de Deus”. Por esta razão, deve ser resgatado "das condições que o tornam algumas vezes um fardo intolerável e uma perspectiva incerta, ameaçado hoje pelo desemprego, especialmente entre os jovens”.
Outro ponto foi dedicado à política "à qual é pedido um empenho de cuidado desinteressado e transparente do bem comum", à liberdade religiosa e ao diálogo inter-religioso, instrumento de paz e contribuição contra qualquer forma de "fundamentalismo" e "violência que abate sobre os que creem grave violação dos direitos humanos”.
Agradecendo o Papa Bento XVI pelo “dom do Ano da Fé", os Padres sinodais sublinharam a ligação positiva entre este ano e o 50 º aniversário da abertura do Concílio Vaticano II e 20° do Catecismo da Igreja Católica. "São aniversários importantes – comentaram os padres - que nos permitem reiterar a nossa forte adesão ao ensinamento do Concilio e o nosso firme compromisso de continuar a sua plena implementação”.
Duas expressões de fé mencionadas são a vida contemplativa e o serviço aos pobres, “reflexo de como Jesus é ligado a eles”.
O penúltimo ponto diz respeito às Igrejas em diferentes regiões do mundo, com recomendações específicas para os cristãos em cada continente.
O documento abre com uma referência ao encontro de Jesus com a Samaritana junto do poço, trazendo a ânfora vazia (cf. Jo 4,5-42): é uma referência para a "sede" dos homens de todos os tempos, muitos “são os poços”, mas é preciso "discernir " para não correr o risco de ruinosas desilusões.
Reconhecendo Cristo como o único portador da "água que dá a vida verdadeira e eterna" e convertendo-se, a mulher samaritana "tornou-se mensageira da salvação e conduz para Jesus toda a cidade”.
Conduzir os homens a Cristo é uma emergência que envolve os cristãos de qualquer tempo e lugar. Hoje, em especial, é necessário “reavivar a fé que corre o risco de ser ofuscada”. Na "mudança de cenários sociais e culturais" todo cristão é chamado a viver de modo renovado a experiência comunitária de fé e o anúncio através de uma evangelização renovada em seu ardor e seus métodos.
A fé se concretiza “no relacionamento que estabelecemos com a pessoa de Jesus, que primeiro vem a nós”. Na Igreja, "espaço que Cristo oferece na história para encontrá-lo", é importante dar vida a uma “comunidade acolhedora, onde todos os marginalizados encontrem sua casa para experiências concretas de comunhão, que, pelo ardor do amor [...] atraem o olhar desencantado da humanidade contemporânea".
Isso não quer dizer inventar "novas estratégias", mas redescobrir as Escrituras - que os Padres sinodais recomendam a "leitura frequente" - especialmente a "vida de Jesus" e a maneira através da qual as pessoas se aproximaram Dele e por Ele se sentiram chamadas e adaptadas às condições do nosso tempo.
O ponto de partida da evangelização está em "evangelizar a nós mesmos", dispondo-nos a conversão. "Sabemos - escrevem os Padres sinodais - que devemos reconhecer humildemente nossa vulnerabilidade às feridas da história e não hesitar em reconhecer os nossos pecados pessoais".
Ao mesmo tempo, temos que confiar em uma renovação cuja fonte é "a força do Espírito do Senhor" e, portanto não depender exclusivamente da nossa força humana limitada. É nosso dever "vencer o medo com a fé, o desânimo com a esperança, a indiferença com o amor”.
Quando temos consciência de que o Senhor venceu a morte e que Seu Espírito opera poderosamente na história, “não há espaço para o pessimismo”. "A nossa Igreja é viva e enfrenta com a coragem da fé e do testemunho de tantos de seus filhos os desafios da história", lê-se na mensagem,
A evangelização sempre teve como "lugar natural" a família que "é atravessada por toda parte por fatores de crise, cercada por modelos de vida que a penalizam" e, por esta razão, deve ser dado um "tratamento especial" em vista da missão que ocupa na Igreja.
Os Padres sinodais não negligenciaram o fenômeno da ‘convivência’ e as "situações familiares irregulares construídas após o fim de casamentos anteriores: acontecimentos dolorosos em que também sofre a educação à fé dos filhos". A Igreja também ama estes irmãos e as comunidades devem ser “acolhedoras para com aqueles que vivem em tais situações" e apoiar "caminhos de conversão e de reconciliação".
Das comunidades eclesiais emerge acima de tudo, o papel da paróquia que permanece "indispensável", embora "as novas condições possam pedir seja a adaptação em pequenas comunidades seja relações de colaboração em contextos mais amplos".
A paróquia se torna um veículo para a nova evangelização, permeando "as várias, e importantes expressões de piedade popular". Na vida paroquial, cada figura deve receber a justa valorização: do pároco ao diácono, do catequista ao ministro, até o animador.
Sobre a juventude, os Padres sinodais expressaram uma visão "preocupante", mas "longe de ser pessimista”. Sobre os jovens convergem "as forças mais agressivas dos tempos", todavia a eles “deve ser reconhecido um papel ativo na obra da evangelização, especialmente para o seu mundo”.
No mundo da juventude destaca-se em particular a Jornada Mundial da Juventude, mas existem outras realidades "não menos atraentes, como as várias experiências de espiritualidade, de serviço, e de missão".
O mundo da arte é de considerável importância e a via pulchritudinis, o Caminho da Beleza, é considerada "uma forma particularmente eficaz na nova evangelização".
Através do trabalho, acrescentaram os Padres sinodais, o homem torna-se "cooperador da criação de Deus”. Por esta razão, deve ser resgatado "das condições que o tornam algumas vezes um fardo intolerável e uma perspectiva incerta, ameaçado hoje pelo desemprego, especialmente entre os jovens”.
Outro ponto foi dedicado à política "à qual é pedido um empenho de cuidado desinteressado e transparente do bem comum", à liberdade religiosa e ao diálogo inter-religioso, instrumento de paz e contribuição contra qualquer forma de "fundamentalismo" e "violência que abate sobre os que creem grave violação dos direitos humanos”.
Agradecendo o Papa Bento XVI pelo “dom do Ano da Fé", os Padres sinodais sublinharam a ligação positiva entre este ano e o 50 º aniversário da abertura do Concílio Vaticano II e 20° do Catecismo da Igreja Católica. "São aniversários importantes – comentaram os padres - que nos permitem reiterar a nossa forte adesão ao ensinamento do Concilio e o nosso firme compromisso de continuar a sua plena implementação”.
Duas expressões de fé mencionadas são a vida contemplativa e o serviço aos pobres, “reflexo de como Jesus é ligado a eles”.
O penúltimo ponto diz respeito às Igrejas em diferentes regiões do mundo, com recomendações específicas para os cristãos em cada continente.
- Na África, a Igreja é chamada a ser um ponto de encontro entre as culturas antigas e novas, e mediadora para o fim dos conflitos e violências.
- Na América do Norte, onde a secularização é bastante avançada, os cristãos devem ser abertos, especialmente em relação aos imigrantes e refugiados.
- Na América Latina prevalece os desafios da pobreza e da violência, juntamente com aqueles - mais recente - do pluralismo religioso.
- As comunidades cristãs da Ásia, entre as mais prejudicadas e perseguidas no mundo, sendo a minoria, são encorajadas a firmeza na fé.
- A Europa, marcada por uma secularização enraizada e muitas vezes agressiva, deve, através de suas comunidades cristãs, responder a este desafio e superá-lo, encontrando nisto "uma oportunidade para um anúncio mais alegre e mais vivo de Cristo e de seu Evangelho de vida”.
- Aos cristãos da Oceania, recomenda-se o "compromisso de pregar o Evangelho e fazer Jesus conhecido no mundo de hoje”.
Uma chamada final feita pelos Padres sinodais à Maria Santíssima, que "nos guia no caminho”. É a Ela, Estrela da Nova Evangelização, que os cristãos confiam, a fim que seja luz na noite do deserto.
Fonte: ZENIT.ORG - Sexta-feira, 26 de outubro de 2012 - Internet: http://www.zenit.org/article-31641?l=portuguese