2837. Evangelho de sexta-feira (27-04-2012) - At 9, 1-20; Sl 116, 1.2; Jo 6, 52-59 - Os judeus discutiam entre si, dizendo: “Como é que ele pode dar a sua carne a comer?” Então Jesus disse: “Em verdade, em verdade vos digo, se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Porque a minha carne é verdadeira comida e o meu sangue, verdadeira bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. Como o Pai, que vive, me enviou, e eu vivo por causa do Pai, assim o que me come viverá por causa de mim. Este é o pão que desceu do céu. Não é como aquele que os vossos pais comeram. Eles morreram. Aquele que come este pão viverá para sempre”. Assim falou Jesus, ensinando na sinagoga em Cafarnaum.
Recadinho: - Carne e sangue expressam entrega de vida total. Procuramos estar em íntima união com ele? - Jesus insiste na importância de permanecer nele. E o conseguimos pedindo sua ajuda. Seu sangue nos liberta do mal. - Procuro imitar o jeito de viver assumido por Jesus? - Faço da Ceia Eucarística um caminho para maior intimidade com Cristo? - Cristo realmente vive em mim?
2838. Assembleia da CNBB - Usina de Belo Monte - Em entrevista coletiva à imprensa, jornalistas questionaram os bispos a respeito da situação crítica vivida na região de Altamira (PA), onde está sendo construída a usina de Belo Monte. “Estive com o presidente Lula em 2009 e ele me disse que haveria diálogo na realização da obra. O povo não teve espaço para se manifestar, as audiências públicas foram apenas para inglês ver”, manifestou dom Erwin Krautler, que é também presidente do Conselho Indigenista Missionário e bispo da prelazia do Xingu (PA).
Dom Erwin explicou o caos em que se encontra a cidade de Altamira: “O saneamento básico não foi feito, não há vagas nos hospitais nem em escolas. A prostituição e a violência ocorrem à luz do dia. Eu vejo essas coisas todos os dias, pois vivo lá”. Ele também denunciou a extensa jornada de trabalho dos operários da obra.
O bispo de Ipameri (GO), dom Guilherme Werlang, presidente da Comissão Episcopal para a Caridade, Justiça e Paz, participou na semana passada em Brasília de um debate entre o governo federal e atingidos por barragens. Ele testemunhou: “Ouvimos do ministro de Minas e Energia (Edson Lobão) que o Brasil deve optar entre desenvolvimento ou não, em ter as usinas ou não”.
Dom Guilherme recordou que a energia de uma usina hidrelétrica não pode ser considerada como energia limpa. Questionou: “Como chamar de energia limpa quando as terras mais férteis são inundadas?”. Dom Erwin reforçou a denúncia: “O governo afirmou que nenhum índio seria atingido, mas trata-se de falácia. O que acontece ao povo daquela região é contra a dignidade humana. O governo discrimina este povo e os trata como brasileiros de segunda classe”.
2839. Assembleia da CNBB - Bispos negros e a Pastoral Afro-Brasileira - No contexto da 50ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, os bispos negros realizaram um encontro, coordenado pelo bispo referencial da Pastoral Afro-Brasileira, Dom João Alves dos Santos, de Paranaguá (PR). O principal assunto tratado foi a programação da Pastoral para o ano de 2012 e a possibilidade da presença e apoio dos bispos negros às atividades desta Pastoral. Dom João Alves reafirmou o compromisso da Pastoral Afro-Brasileira com as suas causas: um compromisso evangélico com a promoção e dignidade da vida dos negros”.
Dialogaram também sobre formas de colaboração dos agentes desta pastoral nas paróquias e comunidades e apresentaram informes sobre o Encontro de Pastoral Latino-americana, que vai se realizar em julho/2012 no Equador, e o Congresso das Entidades Negras Católicas, que se realizou em Londrina (PR), em fevereiro passado. Foi lembrado também o Encontro dos Padres e Bispos negros, marcado para o mês de julho no Rio de Janeiro.
Dom Zanoni Demettino Castro, bispo de São Mateus (ES) frisou: “No Brasil, somos mais de 20 bispos negros descendentes daquele povo que foi arrancado de suas terras e de sua cultura. Ao longo de nossa história muitos foram os ícones que lutaram por suas causas como o guerreiro Zumbi dos Palmares, Padre Vítor, de Três Pontas (MG), Dom Silvério Gomes Pimenta, Nhá Chica, entre outros”.
Pe. Geraldo Rodrigues, CSSR
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