Neste domingo, dia 9, segundo domingo de outubro, os Paraenses estarão em festa. É quando mais de dois milhões de pessoas festejam o Círio de Nossa Senhora de Nazaré, considerada a maior procissão religiosa do país.
Nestes dias que antecedem a festa, Belém recebe milhares de turistas e fiéis de todos os cantos do Pará.
Os moradores da cidade acolhem parentes e amigos em suas casas para participarem do Círio, os hotéis e pousadas ficam com lotação esgotada. Barcos de todos os pontos do estado são atracados à beira da cidade.

A festa, além da grande devoção dos romeiros, é o ponto alto da confraternização entre as famílias e amigos, comparada à noite de Natal, quando são trocados presentes, além de não faltar à mesa o famoso "Pato no Tucupi".
O Círio é composto de diversas celebrações que antecedem o dia da festa, bem como se prolonga por mais duas semanas. Inicia-se com o transporte dos carros (total de 13) que irão conduzir a imagem para os galpões da Cia. Docas do Pará, seguindo no sábado que antecede a Romaria rodoviária até as cidades de Ananindeua e Icoaraci, de onde a imagem segue em romaria fluvial até o Porto de Belém. Daí até o Colégio Gentil Bittencourt a imagem é levada pela Moto-romaria. Em seguida é levada para a Catedral da Sé, de onde parte a grande procissão pelas ruas de Belém até a Praça Santuário, trajeto de 3,6 quilômetros.
Após as cerimônias religiosas, o dia é comemorado com muitos "comes e bebes", sempre seguidos de muitos fogos de artifícios. É a grande festa na cidade!
No sábado seguinte acontecem as ciclo-romarias e a romaria da juventude. No domingo acontecem a romaria das crianças e a procissão dos organizadores e colaboradores da festa.
Quinze dias após, acontece o Recírio, sempre na segunda-feira, quando a imagem encontrada pelo caboclo Plácido é transportada para seu nicho no altar da Basílica.
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História
A devoção a Nossa Senhora de Nazaré teve início em Portugal. A imagem original da Virgem pertencia ao Mosteiro de Caulina, na Espanha, e teria saído da cidade de Nazaré, em Israel, no ano de 361, tendo sido esculpida por São José. Em decorrência de uma batalha, a imagem foi levada para Portugal, onde, por muito tempo, ficou escondida no Pico de São Bartolomeu. Só em 1119, a imagem foi encontrada. A notícia se espalhou e muita gente começou a venerar a Santa. Desde então, muitos milagres foram atribuídos a ela.
No Pará, foi o caboclo Plácido José de Souza quem encontrou, em 1700, às margens do igarapé Murutucú (onde hoje se encontra a Basílica Santuário), uma pequena imagem da Senhora de Nazaré. Após o achado, Plácido teria levado a imagem para a sua choupana e, no outro dia, ela não estaria mais lá. Correu ao local do encontro e lá estava a “Santinha”. O fato teria se repetido várias vezes até a imagem ser enviada ao Palácio do Governo. No local do achado, Plácido construiu uma pequena capela.
No Pará, foi o caboclo Plácido José de Souza quem encontrou, em 1700, às margens do igarapé Murutucú (onde hoje se encontra a Basílica Santuário), uma pequena imagem da Senhora de Nazaré. Após o achado, Plácido teria levado a imagem para a sua choupana e, no outro dia, ela não estaria mais lá. Correu ao local do encontro e lá estava a “Santinha”. O fato teria se repetido várias vezes até a imagem ser enviada ao Palácio do Governo. No local do achado, Plácido construiu uma pequena capela.
Em 1792, o Vaticano autorizou a realização de uma procissão em homenagem à Virgem de Nazaré, em Belém do Pará. Organizado pelo presidente da Província do Pará, capitão-mor Dom Francisco de Souza Coutinho, o primeiro Círio foi realizado no dia 8 de setembro de 1793. No início, não havia data fixa para o Círio, que poderia ocorrer nos meses de setembro, outubro ou novembro. Mas, a partir de 1901, por determinação do bispo Dom Francisco do Rêgo Maia, a procissão passou a ser realizada sempre no segundo domingo de outubro.
Tradicionalmente, a imagem é levada da Catedral de Belém à Basílica Santuário. Ao longo dos anos, houve adaptações. Uma delas ocorreu em 1853, quando, por conta de uma chuva torrencial, a procissão – que ocorria à tarde – passou a ser realizada pela manhã.
Descida da Imagem
No sábado, logo após a chegada da Motoromaria, acontece uma das cerimônias mais esperadas da quadra nazarena: é quando a imagem original de Nossa Senhora de Nazaré, encontrada por Plácido de Souza em 1700, desce do Glória sobre altar-mor da Basílica Santuário, para ficar mais próxima dos fiéis. Todos os anos, ver de perto a pequena imagem de 28 centímetros, emociona os milhares de peregrinos que chegam de todos os cantos para prestar homenagens à Rainha da Amazônia.
A imagem, que fica recolhida no Glória durante todo o ano, é então colocada em um nicho no presbitério, no dia anterior à procissão do Círio. Isto acontece sempre ao meio dia, depois que a motoromaria chega ao colégio Gentil Bittencourt.
Esse ritual acontece desde 1969 e as primeiras vezes ocorriam de forma simples e a portas fechadas, sempre às 23 horas da véspera do Círio. Só a partir de 1992 é que os romeiros puderam acompanhar a descida da imagem com emocionante cerimônia embalada por cânticos e orações.
A imagem, que fica recolhida no Glória durante todo o ano, é então colocada em um nicho no presbitério, no dia anterior à procissão do Círio. Isto acontece sempre ao meio dia, depois que a motoromaria chega ao colégio Gentil Bittencourt.
Esse ritual acontece desde 1969 e as primeiras vezes ocorriam de forma simples e a portas fechadas, sempre às 23 horas da véspera do Círio. Só a partir de 1992 é que os romeiros puderam acompanhar a descida da imagem com emocionante cerimônia embalada por cânticos e orações.
Subida da Imagem
Transcorridos 16 dias junto aos romeiros, é hora da imagem original de Nossa Senhora de Nazaré retornar ao Glória, sobre o altar-mor da Basílica Santuário. A cerimônia acontece pouco antes da Missa do Recírio, às 6 horas da segunda-feira.
É emocionante! Os milhares de fiéis, ali reunidos, vêem o arcebispo de Belém caminhar até o nicho, retirar a pequena imagem e erguê-la para os abençoar. Ela é reconduzida então à sua redoma de cristal, lá permanecendo entre os anjos esculpidos que lhe fazem companhia até o próximo Círio.
É emocionante! Os milhares de fiéis, ali reunidos, vêem o arcebispo de Belém caminhar até o nicho, retirar a pequena imagem e erguê-la para os abençoar. Ela é reconduzida então à sua redoma de cristal, lá permanecendo entre os anjos esculpidos que lhe fazem companhia até o próximo Círio.
Encerramento da Festa
Essa celebração começou a ser realizada em 1982, com a inauguração da Praça Santuário, em frente à Basílica de Nazaré. A missa é celebrada no quarto domingo de outubro, às 20h, no Altar Monumento da Praça Santuário. Logo após a missa, na Barraca da Santa, é realizada a solenidade de encerramento da festividade, quando os Diretores da Festa recebem diplomas e medalhas em cerimônia simples. O encerramento da Festa também é marcado por show pirotécnico de fogos de artifícios
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