Pe. João A. Mac Dowell S.J
É cada vez menor o número de pessoas que praticam a religião. É verdade que a religião é uma coisa do passado, que vai desaparecendo com o progresso da humanidade?
Você se refere a um fato inegável. A prática religiosa diminui freqüentemente à medida que um país vai progredindo. Isto aconteceu em várias partes da Europa e está acontecendo hoje no Brasil.
Antigamente, a religião tinha um lugar de destaque na vida social. O padre era uma pessoa importante. Os dias santos eram sagrados. Quem desobedecia publicamente às normas da Igreja, por exemplo, divorciando-se, era mal visto. O ambiente estava impregnado das idéias e das práticas religiosas. Uma pessoa podia ser bom ou mau cristão. Mas era normal acreditar nos ensinamentos da Igreja.
Hoje em dia muita coisa mudou. Talvez esse quadro ainda seja válido em algumas cidades do interior. Mas, em geral, o ambiente do mundo moderno não sustenta nem alimenta a fé de cada pessoa. Ao contrário, as modas, a televisão, as idéias que circulam, são um obstáculo para uma vida verdadeiramente cristã. Muitas famílias já não transmitem aos filhos a fé que receberam de seus pais. Nessa situação, muita gente fica indiferente em relação às questões religiosas. Poucos parecem preocupados com o que acontecerá depois da morte. Estão mais interessados em viver folgadamente, em subir na vida para gozar de todas as oportunidades que oferecem o dinheiro, o prestígio e o poder. Esse fenômeno que acompanha muitas vezes a modernização da sociedade foi chamado de secularização e descristianização da mentalidade e dos costumes.
É claro que o progresso econômico oferece muitas vantagens para a saúde e o bem-estar da população. É melhor viver numa casa com eletricidade e água corrente. Mas nem tudo é positivo no processo de modernização. A indiferença religiosa e a perda da fé não significam um progresso para a humanidade. Sem a fé e o amor, que dão sentido à vida humana, não pode haver paz nem esperança. O progresso econômico é uma coisa boa. Mas sozinho, sem moral e sem religião, não resolve os problemas da humanidade. Ao contrário, cria até novos problemas, como estamos vendo no mundo de hoje: maior desigualdade, maior insatisfação e violência.
Graças a Deus, a diminuição da prática religiosa não é uma tendência definitiva. Nos últimos tempos, muita gente está de novo procurando na fé o sentido de sua vida. O ser humano não pode contentar-se só com os bens materiais. No fundo do seu coração está orientado para Deus e para o amor. Por isso, a descristianização não é um progresso, nem a religião uma coisa ultrapassada.
DO LIVRO:
RELIGIÃO TAMBÉM SE APRENDE-VOLUMES 1 E 2
EDITORA SANTUÁRIO
João A. Mac Dowell S.J.
http://www.redemptor.com.br
É cada vez menor o número de pessoas que praticam a religião. É verdade que a religião é uma coisa do passado, que vai desaparecendo com o progresso da humanidade?
Você se refere a um fato inegável. A prática religiosa diminui freqüentemente à medida que um país vai progredindo. Isto aconteceu em várias partes da Europa e está acontecendo hoje no Brasil.
Antigamente, a religião tinha um lugar de destaque na vida social. O padre era uma pessoa importante. Os dias santos eram sagrados. Quem desobedecia publicamente às normas da Igreja, por exemplo, divorciando-se, era mal visto. O ambiente estava impregnado das idéias e das práticas religiosas. Uma pessoa podia ser bom ou mau cristão. Mas era normal acreditar nos ensinamentos da Igreja.
Hoje em dia muita coisa mudou. Talvez esse quadro ainda seja válido em algumas cidades do interior. Mas, em geral, o ambiente do mundo moderno não sustenta nem alimenta a fé de cada pessoa. Ao contrário, as modas, a televisão, as idéias que circulam, são um obstáculo para uma vida verdadeiramente cristã. Muitas famílias já não transmitem aos filhos a fé que receberam de seus pais. Nessa situação, muita gente fica indiferente em relação às questões religiosas. Poucos parecem preocupados com o que acontecerá depois da morte. Estão mais interessados em viver folgadamente, em subir na vida para gozar de todas as oportunidades que oferecem o dinheiro, o prestígio e o poder. Esse fenômeno que acompanha muitas vezes a modernização da sociedade foi chamado de secularização e descristianização da mentalidade e dos costumes.
É claro que o progresso econômico oferece muitas vantagens para a saúde e o bem-estar da população. É melhor viver numa casa com eletricidade e água corrente. Mas nem tudo é positivo no processo de modernização. A indiferença religiosa e a perda da fé não significam um progresso para a humanidade. Sem a fé e o amor, que dão sentido à vida humana, não pode haver paz nem esperança. O progresso econômico é uma coisa boa. Mas sozinho, sem moral e sem religião, não resolve os problemas da humanidade. Ao contrário, cria até novos problemas, como estamos vendo no mundo de hoje: maior desigualdade, maior insatisfação e violência.
Graças a Deus, a diminuição da prática religiosa não é uma tendência definitiva. Nos últimos tempos, muita gente está de novo procurando na fé o sentido de sua vida. O ser humano não pode contentar-se só com os bens materiais. No fundo do seu coração está orientado para Deus e para o amor. Por isso, a descristianização não é um progresso, nem a religião uma coisa ultrapassada.
DO LIVRO:
RELIGIÃO TAMBÉM SE APRENDE-VOLUMES 1 E 2
EDITORA SANTUÁRIO
João A. Mac Dowell S.J.
http://www.redemptor.com.br
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