Pe. João A. Mac Dowell S.J.
Um amigo vive me dizendo que só as pessoas atrasadas ainda acreditam em Deus, porque quando a humanidade progride não sente mais necessidade de Deus para resolver seus problemas. Que devo responder-lhe?
Você poderia tapar a boca de seu amigo, citando exemplos de inúmeras personalidades de grande influência no mundo moderno que creem em Deus, tanto cristãos, como membros de outras religiões, cientistas, artistas, empresários, líderes políticos e sindicais. De fato, só uma pequena minoria dos homens e mulheres de hoje não acreditam em Deus.
Mas vale a pena discutir também o argumento que ele dá para justificar a afirmação de que a fé é uma coisa do passado: com o progresso humano Deus se tornaria supérfluo. Seu amigo tem certa razão se ele entende Deus como aquele a quem se recorre para resolver os problemas que parecem insolúveis para nós: uma doença incurável, uma catástrofe natural, um mundo sem miséria e sofrimento. Deus seria o todo-poderoso ao qual apelamos quando nos sentimos impotentes diante de uma situação. Neste caso, o avanço da ciência e da técnica vai reduzindo cada vez mais o espaço de Deus. Com os recursos modernos podemos já obter muitos resultados que antes pareciam impossíveis sem uma intervenção miraculosa de Deus.
Mas este Deus que utilizamos para satisfazer as nossas necessidades é um falso Deus. É verdade que Deus é maior do que nós e que devemos pedir a sua ajuda nas dificuldades. Mas Deus normalmente não nos ajuda resolvendo ele mesmo os problemas, mas sim dando-nos luz e força para buscar e encontrar a solução. Quanto mais o ser humano se mostra capaz de desenvolver-se e libertar-se dos males dessa vida, tanto mais ele manifesta a grandeza de Deus, seu criador, que lhe deu esta capacidade. Por isso, para o cristão os progressos da ciência não ameaçam a sua fé em Deus. Deus continuaria sendo importante, mesmo se não precisássemos dele para satisfazer as nossas necessidades. Nossa atitude diante de Deus não pode ser interesseira. Deve ser gratuita, como todo amor verdadeiro. Nós o adoramos, não para receber os seus dons, mas porque ele merece o nosso respeito e o nosso amor.
DO LIVRO:
RELIGIÃO TAMBÉM SE APRENDE-VOLUMES 1 E 2
EDITORA SANTUÁRIO
João A. Mac Dowell S.J.
http://www.redemptor.com.br
Um amigo vive me dizendo que só as pessoas atrasadas ainda acreditam em Deus, porque quando a humanidade progride não sente mais necessidade de Deus para resolver seus problemas. Que devo responder-lhe?
Você poderia tapar a boca de seu amigo, citando exemplos de inúmeras personalidades de grande influência no mundo moderno que creem em Deus, tanto cristãos, como membros de outras religiões, cientistas, artistas, empresários, líderes políticos e sindicais. De fato, só uma pequena minoria dos homens e mulheres de hoje não acreditam em Deus.
Mas vale a pena discutir também o argumento que ele dá para justificar a afirmação de que a fé é uma coisa do passado: com o progresso humano Deus se tornaria supérfluo. Seu amigo tem certa razão se ele entende Deus como aquele a quem se recorre para resolver os problemas que parecem insolúveis para nós: uma doença incurável, uma catástrofe natural, um mundo sem miséria e sofrimento. Deus seria o todo-poderoso ao qual apelamos quando nos sentimos impotentes diante de uma situação. Neste caso, o avanço da ciência e da técnica vai reduzindo cada vez mais o espaço de Deus. Com os recursos modernos podemos já obter muitos resultados que antes pareciam impossíveis sem uma intervenção miraculosa de Deus.
Mas este Deus que utilizamos para satisfazer as nossas necessidades é um falso Deus. É verdade que Deus é maior do que nós e que devemos pedir a sua ajuda nas dificuldades. Mas Deus normalmente não nos ajuda resolvendo ele mesmo os problemas, mas sim dando-nos luz e força para buscar e encontrar a solução. Quanto mais o ser humano se mostra capaz de desenvolver-se e libertar-se dos males dessa vida, tanto mais ele manifesta a grandeza de Deus, seu criador, que lhe deu esta capacidade. Por isso, para o cristão os progressos da ciência não ameaçam a sua fé em Deus. Deus continuaria sendo importante, mesmo se não precisássemos dele para satisfazer as nossas necessidades. Nossa atitude diante de Deus não pode ser interesseira. Deve ser gratuita, como todo amor verdadeiro. Nós o adoramos, não para receber os seus dons, mas porque ele merece o nosso respeito e o nosso amor.
DO LIVRO:
RELIGIÃO TAMBÉM SE APRENDE-VOLUMES 1 E 2
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João A. Mac Dowell S.J.
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