CONSAGRAÇÃO À NOSSA SENHORA APARECIDA NA VOZ DO PADRE VITOR COELHO CSsR

Ó MARIA SANTÍSSIMA, PELOS MÉRITOS DO SENHOR JESUS CRISTO QUE EM VOSSA IMAGEM MILAGROSA DE APARECIDA ESPALHAIS INÚMEROS BENEFÍCIOS SOBRE O BRASIL, EU, EMBORA INDIGNO DE PERTENCER AO NÚMERO DOS VOSSOS SERVOS, MAS DESEJANDO PARTICIPAR DOS BENEFÍCIOS DA VOSSA MISERICÓRDIA, PROSTRADO A VOSSOS PÉS, CONSAGRO-VOS O ENTENDIMENTO, PARA QUE SEMPRE PENSE NO AMOR QUE MERECEIS. CONSAGRO-VOS A LÍNGUA, PARA QUE SEMPRE VOS LOUVE E PROPAGUE A VOSSA DEVOÇÃO.CONSAGRO-VOS O CORAÇÃO, PARA QUE, DEPOIS DE DEUS, VOS AME SOBRE TODAS AS COUSAS.RECEBEI-NOS, Ó RAINHA INCOMPARÁVEL, QUE NOSSO CRISTO CRUCIFICADO DEU-NOS POR MÃE, NO DITOSO NÚMERO DOS VOSSOS SERVOS. ACOLHEI-NOS DEBAIXO DA VOSSA PROTEÇÃO. SOCORREI-NOS EM NOSSAS NECESSIDADES ESPIRITUAIS E TEMPORAIS E, SOBRETUDO, NA HORA DA NOSSA MORTE. ABENÇOAI-NOS Ó MÃE CELESTIAL, E COM VOSSA PODEROSA INTERCESSÃO FORTALECEI-NOS EM NOSSA FRAQUEZA, A FIM DE QUE, SERVINDO-VOS FIELMENTE NESTA VIDA, POSSAMOS LOUVAR-VOS, AMAR-VOS E RENDER-VOS GRAÇAS NO CÉU, POR TODA A ETERNIDADE. ASSIM SEJA! ...PELA INTERCESSÃO DE NOSSA SENHORA APARECIDA, RAINHA E PADROEIRA DO BRASIL, A BÊNÇÃO DE DEUS ONIPOTENTE, PAI, FILHO E ESPÍRITO SANTO, DESÇA SOBRE VÓS E PERMANEÇA SEMPRE.AMÉM!

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28 de março de 2010

MEMÓRIAS DO ABNER - RETIRO ESPIRITUAL

ABNER FERRAZ DE CAMPOS - Turma de 1955

O Retiro Espiritual

Padre Sidney, ouvindo as Quatro Estações de Vivaldi para acalmar a mente, dormir, descansar e poder enfrentar um novo dia cheio de problemas e incertezas. O telefone o tira dos devaneios. Deixando tudo de lado, sai correndo para a pequena capela ao lado. Toma o Santo Viático nas mãos, cobre-o com uma toalha de linho branco e sai em disparada. Ele precisa correr. Tem que ser mais rápido que a morte, Só Cristo venceu a morte. Embora preocupado, segue seu caminho, orgulhoso por poder andar pela rua com um Deus mais vivo que nunca em suas mãos. Sentia-se um Deus e poderoso como Deus. E ter o poder de curar uma alma e colocá-la sã e salva nos braços do Pai. É aqui a casa, pensou e entrou sem tocar a campaninha ou bater. Se a morte entra sem bater, padre Sidney também entra, ainda mais se estiver com o Deus vivo. Uma voz de um quarto em penumbra disse: “É você, padre Sidney? Entre.” Ele entra, mas a cena é bem diferente. Um quarto todo perfumado, flores vermelhas, musica suave, enfim uma armadilha muito bem preparada. Preparada para acabar com ele e com o Deus vivo que sempre morou em seu coração.
Padre Sidney era jovem, bonito por dentro e por fora, e com um vigor físico bem maior do que os homens de sua idade. Enquanto milhões de coisas passavam pela sua cabeça, a voz continuava, “entre, não tenha medo, estou sozinha lhe esperando. Meu marido viajou e só voltará daqui três dias; venha, dê-me as mãos que vou conduzi-lo para um céu nunca imaginado” Padre Sidney apavorado, chocado, sem saber o que fazer, ou falar, apertou com força no peito o Cristo. Sufocados. O quarto e a cama arrumada. O vaso de rosas vermelhas no criado mudo. O champanha e duas taças de cristal. O castiçal com velas vivas. A música suave e o cheiro do pecado inundando tudo, principalmente a alma do padre. A camisola cor de rosa, diáfana, quase transparente, insinuando as formas de uma mulher linda, cabelos longos, negros e sedosos caindo sobre os ombros desnudos, pronta para acolhê-lo em seus braços. Linda como nunca e tentadora como o próprio diabo, e num clima que só um diabo muito astuto podia criar.
Padre Sidney, suando frio, sai em disparada, apertando com mais força ainda o Viático contra o peito, tentando transferir a força do coração de Jesus para o seu, enfraquecido como nunca. Se sentia como um Tarcísio, fugindo dos soldados romanos. O coração em brasa. O desejo e o medo o devorando, arrancando a sua carne jovem aos nacos, como um monstro insaciável. Não parava de cheirar, lamber o sangue que fervia em seu corpo quente. A alma imortal agonizando, correndo pela rua deserta, cambaleando e morrendo aos poucos no resfolegar da boca seca.

Três dias de retiro espiritual, três dias de silêncio. Só assim se pode ver e sentir bem de perto o Deus todo poderoso. Todos têm um dia a sua Sarça Ardente. É só querer. Silêncio, silêncio. Oração, meditação. Mas o silêncio e o retiro também podem preparar um cantinho no seu pensamento onde a maldade se instala e se aflora. O desejo e o pecado passeando de mãos dadas pelos corredores intermináveis do seminário se insinuando aos incautos retirantes. O que mais se ouvia era inferno, inferno, pecado mortal, aquele que mata e condena a alma para o fogo eterno, se não tiver o arrependimento. Como se arrepender de um pecado sabendo que ele vai voltar com toda sua força? Como saber se realmente eu me arrependi e não foi só um fingimento por medo de Deus e do inferno? Como saber se fui perdoado? Que seria do diabo se nós não tivéssemos mais pecados? A morte e o sangue de Cristo perderiam o sentido. Tudo era silêncio, nas gramas dos jardins, nem os insetos falavam. As rosas pareciam mais tristes, nem uma brisa soprava. Apenas os Jabotis se espreguiçavam ao sol e aproveitavam o silêncio para se amarem. Não pensavam em Deus, diabo, pecados, essas coisas que afligiam a cabeça de um menino de doze anos; os Jabotis se amando. Sem pressa e sem medo. Casco contra casco. O diabo de camisola cor de rosa tentando o padre Sidney. Formas lindas, macias como pétalas de rosas. E se colocarem uma camisola no jaboti? Acho que não ia dar certo. Tinha que ser mesmo casco contra casco, era a natureza. A mulher é o instrumento do diabo! Por que o diabo tinha que usar justamente a mulher para nos tentar e levar-nos para o inferno? Mas Deus não fez a mulher para ser companheira do homem? Mas ela fez uma aliança com o diabo, pecou e levou seu companheiro também para o pecado. Está aí a explicação. A impressão é que o resgate da mulher e do homem não foi aceito nem assimilado pelos padres educadores. As mulheres continuavam sendo aquela ameaça de perigo permanente, vista pelos clérigos medievais. A mulher continuava sendo o instrumento melhor que o Diabo tinha para nos fazer pecar. Nada mais lógico para os clérigos antigos e modernos com cabeças antigas. O maior perigo para a castidade e a pureza era a mulher, um mal necessário, necessário porque paria e paria também homens. Houve até um religioso da Reforma que disse, ser melhor que a mulher parisse um homem e morresse no parto. A diferença da mulher e o homem, é que ela foi feita, não criada, de uma costela falsa do primeiro homem, falsa e de carne, ligada à concupiscência e à tagarelice. Se ela não fosse tagarela, não conversaria com a serpente. A mulher era um mal necessário.
Pela atitude dos seminaristas, compenetrados, parece que ninguém naquela casa tinha desejos impuros nem maus pensamentos nem pecados. Todos eram santos do modo de cada um. Que vontade que dava de ser um cágado e não passar por essas de pecado e inferno. Não seria mais interessante ter vindo ao mundo como um bicho qualquer e viver conforme a programação do Criador, prestando toda honra e gloria sem lhe dar dor de cabeça e trabalho para o diabo? Não sei.

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