A MISSÃO POPULAR E SUA ORIGEM
( dados históricos - Província de São Paulo )
Pe.LAURO MASSERANI CSsR.
As Irmãs Missionárias
Hoje, não é possível pensar em missão popular redentorista da Província de S. Paulo, sem as irmãs missionárias. São de várias congregações religiosas, mantêm seu espírito e carisma, e se unem a nós, formando o grupo missionário volante. São elas que montam os setores missionários na primeira fase, os acompanham na segunda fase, e ajudam na terceira fase.
Como começou esse entrosamento ?
Em 1928, D. Barreto, bispo de Campinas, fundou a Congregação das Missionárias de Jesus Crucificado. Ele era um amigo e se confessava sempre com os redentoristas. Tinha até consigo as Regras e Constituições da congregação Redentorista. Ele imprimiu um entusiasmo missionário às suas irmãs. E já pelo ano de 1934, as Missionárias de Jesus Crucificado começaram a trabalhar nas missões, melhor,, na sua preparação. Segundo o testemunho da Irmã Agar e da Irmã Maria das Dores, os párocos pediam que as irmãs viessem para preparar a missão, visitando as famílias, entregando os programas, rezando, e mais tarde preparando as legitimações e primeiras eucaristias de adultos. D. Barreto dizia sempre para as irmãs que preparavam as missões: "Vocês são como João Batista. Os missionários devem crescer e vocês diminuírem". Eis porque é difícil uma irmã de Jesus Crucificado aparecer em público durante a terceira fase das missões.
Em 1966, na missão de Aparecida, as Mensageiras do Amor Divino, recém fundadas, também começaram a participar das missões. Depois vieram as Missionárias de Cristo, Irmãs da Divina Providência e outras.
Hoje, as irmãs missionárias, não apenas preparam, mas ajudam na coordenação da missão, com entusiasmo e com dedicação que muitas vezes é verdadeiro heroísmo. Atualmente são 12 as irmãs missionárias que fazem parte da equipe. Aos poucos também estamos engajando leigos com tempo integral nas missões. São os sinais dos tempos que pedem caminhar com a Igreja.
A mística missionária
"As Santas Missões não são outra coisa que uma contínua Redenção. Para a execução dessa sublimíssima idéias, são chamados os membros de nosso Instituto, como coadjutores de Jesus Cristo (...) seu alimento não será mais que fazer a vontade de Deus e a salvação das almas. Este é o objetivo do missionário, e este é o fim que fez descer do céu à terra o Filho de Deus... Quem não tem este fim, não é mais que um ladrão da glória de Deus e inimigo das almas. Assim missionou Jesus Cristo, assim fizeram os apóstolos, verdadeiros discípulos e perfeitos imitadores de um tal Mestre". Constituição de 1764 números 26 e 26).
Missão de Bom Jesus dos Perdões - SP (1973)
Esta pequenina missão de férias teve uma repercussão enorme na renovação de nossas missões em S. Paulo. Porque uma missão nas férias ? Porque só numa missão fora do calendário a gente poderia fazer as experiências que desejasse, e o Pe. Délcio Viesse desejava a tempos fazer umas modificações no cronograma das missões. Era a oportunidade. O Pe. Lauro Masserani queria fazer um dia de formação para os coordenadores, pois ele tinha trabalhado com os cursilhos de cristandade e admirava a escola de dirigentes, onde se preparavam os palestrantes. Porque não fazer o mesmo com os coordenadores de setores missionários ? Mas havia um problema: O pe. Lauro não tinha 35 anos, nem 5 anos de missionário, por isso foi barrada a sua coordenação pela reunião missionária. Nesse momento entrou em cena o Pe. Viesse, topando coordenar. O Pe. Carlinhos e Pe. Furlani toparam fazer esse trabalho de férias. Não preciso dizer que, acabada a reunião missionária, o Padre Viesse chamou de lado o Pe. Lauro e disse-lhe: Organiza tudo que eu dou cobertura e assim saiu a missão.
Os teólogos diáconos daquele ano, coordenados pelo Clodoaldo e César, montaram o dia de formação. Essa montagem continua até hoje. No dia marcado estávamos todos nós lá e os teólogos também. Passamos o dia numa escola perto da Igreja. Tudo funcionou bem. Aquela gente simples estudando e aprendendo nos comovia. À noite na missa do Envio foi uma apoteose. O Pe. Carlinhos ria sozinho.
Para a missão como tal o Pe. Viesse preparou por escrito tudo. Fizemos os deslocamentos das conferências como estão hoje. Duas palestras para jovens, senhoras e homens, com a terceira que é uma celebração penitêncial. A procissão luminosa passou da sexta feira para a quarta feira. As bênçãos da tarde foram preparadas por escrito e multiplicamos 200 cópias para dar ao povo. O temário seguiu o Cesplan.
Em agosto, deste ano, na preparação da missão de Garça, o Pe. Humberto pediu ao Pe. Galvão, coordenador, que desse chance de fazer pelo menos uma tarde com os coordenadores. Feito o convite nas comunidades, no domingo à tarde estava lotado o salão. No meio da tarde apareceu o Pe. Galvão e perguntou ao Lauro: posso falar cinco minutinhos. é claro, você é o chefe da missão. Não preciso dizer que falou meia hora... Estava aprovado o dia de formação. Glória Patri...
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